Mitsubishi A6M Zero
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O Mitsubishi A6M Zero foi o principal caça da Marinha Imperial Japonesa durante toda a Segunda Guerra Mundial.
Mitsubishi A6M Zero | |
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Um A6M3 Zero Modelo 22 (NX712Z), recuperado na Nova Guiné em 1991 e mais tarde utilizado no filme americano Pearl Harbor, lançado em 2001. | |
Descrição | |
Tipo / Missão | Caça monomotor, monoplano e monoposto. |
País de origem | Japão |
Fabricante | Mitsubishi Heavy Industries |
Período de produção | 1940–1945 |
Quantidade produzida | 10.939 |
Primeiro voo em | 1 de abril de 1939 (85 anos) |
Introduzido em | 1 de julho de 1940 |
Aposentado em | 1945 (Japão) |
Variantes | Nakajima A6M2-N |
Tripulação | 1 (piloto) |
Especificações (Modelo: A6M2 Tipo 0 Modelo 21) | |
Dimensões | |
Comprimento | 9,06 m (29,7 ft) |
Envergadura | 12,0 m (39,4 ft) |
Altura | 3,05 m (10,0 ft) |
Área das asas | 22,44 m² (242 ft²) |
Alongamento | 6.4 |
Peso(s) | |
Peso vazio | 1,680 kg (3,70 lb) |
Peso carregado | 2,796 kg (6,16 lb) |
Propulsão | |
Motor(es) | 1 × motor radial Nakajima Sakae de 14 cilindros |
Potência (por motor) | 950 hp (708 kW) |
Performance | |
Velocidade máxima | 534 km/h (288 kn) |
Alcance bélico | 3,104 km (1,93 mi) |
Teto máximo | 10,000 m (32,8 ft) |
Razão de subida | 15.7 m/s |
Armamentos | |
Metralhadoras / Canhões | 2 × metralhadoras Type 97 de 7.7 mm 2 × canhões Type 99-1 de 20 mm |
Bombas | 2 × bombas de 60 kg (132 lb) ou 1 × bomba fixa de 250 kg (551 lb) para ataques kamikazes |
Ganhou reputação de invencível no início da participação japonesa no conflito, com a sua manobrabilidade, alcance e razão de subida inigualáveis por qualquer caça ocidental, tanto de terra quanto embarcado. Foi também o avião usado tanto por Hiroyoshi Nishizawa o maior piloto japonês da guerra, quanto por Saburo Sakai, o maior ás japonês que sobreviveu ao conflito.
Tinha um defeito fundamental: para que pudesse ter a leveza e o poder de manobra que tinha, era privado de blindagem em relação à cabine do piloto e ao tanque de combustível, o que a exemplo de outros aviões de guerra japoneses do início do conflito, o tornava extremamente vulnerável ao fogo inimigo, bastava por vezes dar poucos tiros de bala incendiária na barriga do avião para o destruir ou então na fuselagem, muitos pilotos aliados reconheciam que bastava poucos tiros para destruir o frágil Zero. Esta vulnerabilidade era típica desses vários modelos de aviões de combate japoneses, já que a Marinha Imperial Japonesa preferia que um avião tivesse uma boa manobrabilidade do que segurança, resultando assim na morte de muitos tripulantes que, ao longo do conflito, fizeram falta pela sua quantidade e experiência em momentos críticos para o Japão.
Embora insuperável no combate individual, os aliados ainda em 1942 desenvolveram táticas de combate aéreo em grupo que logo começaram a anular tal vantagem. E assim que modelos aliados equivalentes ou mais aperfeiçoados começaram a entrar em serviço ao final de 1943, foi superado pelo famoso F6F Hellcat, sendo porém mantido como principal caça nipônico na linha de frente por falta de uma política industrial que produzisse em grande escala algum de seus substitutos que já estavam disponíveis em meados de 1944, como entre outros o Kawanishi N1K ou Shiden (também apelidado pelos pilotos ocidentais de "George").
O Zero foi muito famoso também por ter sido o principal avião utilizado pelos Kamikazes, sendo considerado ainda hoje uma obra incrível de engenharia que marcou o início da tecnologia de alta precisão japonesa. Criado por Jiro Horikoshi.[1][2]
Os caças Zero da série M2, operaram em 1940-41, no bombardeio japonês à China e em Pearl Harbor. No ataque a Pearl Harbor, existiam 420 Zeros em atividade no Pacífico. Estima-se que durante a Segunda Guerra Mundial, os Zeros destruíram 1 550 aeronaves americanas.