Alta fantasia
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Alta fantasia é um sub-gênero da fantasia, definido pela sua configuração em um mundo imaginário, universo paralelo ou pela estatura épica de seus personagens, temas e enredo.[1] O termo "alta fantasia" foi cunhado por Lloyd Alexander em um ensaio de 1971, "High Fantasy and Heroic Romance".[1]
Este mundo imaginário pode ser apresentado de três formas:
- O mundo primário (real) não existe, e sim um mundo totalmente fictício, como Dungeons & Dragons, As Crónicas de Gelo e Fogo e o O Senhor dos Anéis.
- Introduzido através de um portal no mundo primário, como Seres do Além.
- Um mundo-dentro-do-mundo, como Harry Potter e As Crônicas de Nárnia (apesar de haver controvérsias quanto a essa definição).
A alta fantasia começou a se desenvolver no século XIX, mas o gênero foi popularizado por J.R.R. Tolkien com sua obra clássica O Senhor dos Anéis, sendo descrito como o "pai" da fantasia moderna.[2] O modelo tolkieniano e seus posteriores, geralmente apresentam uma jornada do herói e lutas do bem contra o mal. No entanto, alguns autores da atualidade como George R.R. Martin e China Miéville, este último crítico mordaz da influência de Tolkien sobre o gênero fantástico, procuram fugir de pré-definições de bem e mal em favor da exploração de uma temática moral mais complexa e maleável, com seus vilões e heróis agindo de forma moralmente ambígua ou vacilante, alternando entre agirem como anti-heróis, herói trágicos, heróis byronianos ou vilões trágicos.