Potência e ato
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Em Filosofia, potência e ato[1][2][3] ou potencialidade e atualidade[2] são um par de princípios intimamente ligados que Aristóteles usou para analisar movimento, causalidade, ética e fisiologia, formando a chamada teoria do ato e potência, em Física, Metafísica, Ética a Nicômaco e De Anima.[4]
O conceito de potência, nesse contexto, geralmente se refere a qualquer "possibilidade" que uma coisa possa ter. Aristóteles não considerou todas as possibilidades iguais e enfatizou a importância daquelas que se tornam reais por vontade própria quando as condições são adequadas e nada as impede.[5] A atualidade, em contraste com a potência, é o movimento, mudança ou atividade que representa um exercício ou a realização de uma possibilidade, quando uma possibilidade se torna real no sentido mais pleno.[6]
Esses conceitos, em formas modificadas, permaneceram muito importantes na Idade Média, influenciando o desenvolvimento da teologia medieval de várias maneiras. Ademais nos tempos modernos, enquanto a compreensão da natureza, e, de acordo com algumas interpretações, da divindade, implícita na dicotomia, perdeu importância, a terminologia encontrou novos usos, desenvolvendo-se indiretamente a partir dos antigos. Isso é mais óbvio em palavras como "energia" e "dinâmica" — palavras usadas pela primeira vez na física moderna pelo cientista e filósofo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz. Outro exemplo é o conceito biológico altamente controverso de uma "enteléquia".