A Batalha de Lalacão (em grego: Μάχη τοῦ Λαλακάοντος; romaniz.:Máchi toú Lalakáontos) ou Batalha de Po(r)são (em grego: Μάχη τοῦ Πό (ρ) σωνος)[1] foi travada em 863 entre o Império Bizantino e um exército árabe invasor na Paflagônia (norte da moderna Turquia). O exército bizantino foi liderado por Petronas, o tio do imperador Miguel III, o Ébrio (r. 842–867), embora as fontes árabes também mencionem a presença do imperador, enquanto os árabes foram liderados pelo emir de Melitene (Malátia), Ambros (r. anos 830–863).
Factos rápidos Guerras bizantino-árabes, Beligerantes ...
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Ambros conseguiu vencer a resistência inicial bizantina contra a sua invasão e chegar às margens do Mar Negro. Os bizantinos, no entanto, mobilizaram suas forças e o exército árabe foi cercado perto do rio Lalacão. A batalha subsequente terminou em uma completa vitória dos bizantinos, a morte do emir no campo de batalha e foi seguida por uma bem-sucedida contra-ofensiva bizantina através da fronteira. As vitórias bizantinas foram decisivas: as principais ameaças para as suas fronteiras foram eliminadas, o que marcou o início de uma era de ascendência bizantina no Oriente que culminaria com as grandes conquistas do século X.
O sucesso bizantino teve um outro corolário: a libertação da pressão constante árabe na fronteira oriental permitiu ao governo bizantino concentrar-se em assuntos da Europa, e, em particular, na vizinha Bulgária. Os búlgaros foram pressionados a aceitar a forma bizantina do cristianismo, garantindo assim que esta nação entraria na esfera cultural bizantina.