Casa-Grande & Senzala
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Casa-Grande & Senzala é um livro do sociólogo brasileiro Gilberto Freyre publicado em 1933.
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Casa-Grande & Senzala | |
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Autor(es) | Gilberto Freyre |
Idioma | português |
País | Brasil |
Assunto | Ciências sociais, sociologia |
Editora | Maia & Schmidt |
Lançamento | 1 de dezembro de 1933[1] |
Páginas | 768 |
Freyre apresenta a importância da casa-grande na formação sociocultural brasileira, assim como a da senzala na complementação da primeira. Além disso, Casa-Grande & Senzala enfatiza a formação da sociedade brasileira no contexto da miscigenação entre os brancos, principalmente portugueses, escravos negros das várias nações africanas e os diferentes povos indígenas que habitavam o Brasil.
Na opinião de Freyre, a própria arquitetura da casa-grande expressaria o modo de organização social e política do Brasil, o patriarcalismo. Tal estrutura seria capaz de incorporar os vários elementos que comporiam a propriedade fundiária do Brasil Colônia. Do mesmo modo, o patriarca proprietário da terra considerado dono de tudo que nela se encontrasse: escravos, parentes, filhos, esposa, amantes, padres, políticos. Este domínio se estabeleceu incorporando tais elementos e não os excluindo. O padrão se expressa na casa-grande, que é capaz de abrigar desde escravos até os filhos do patriarca e suas respectivas famílias.[2]
Freyre também desmistifica a noção de determinação racial na formação de um povo, e dá maior importância aos fatores culturais e ambientais. Com isso refuta a ideia de que a miscigenação teria levado à formação de uma raça inferior no Brasil. Antes, aponta para os elementos positivos da formação cultural brasileira oriundos desta miscigenação entre distintas culturas.[2]