Colinas de Golã
território capturado e ocupado por Israel da Síria desde 1967 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
território capturado e ocupado por Israel da Síria desde 1967 Da Wikipédia, a enciclopédia livre
As colinas de Golã ou montes Golã (em árabe: هضبة الجولان, Hadhbat al-Jaulan, Haḍbatu 'l-Jawlān ou مرتفعات الجولان, Murtafaʕātu 'l-Jawlān; em hebraico: רמת הגולן Ramat HaGolan), antes conhecidas como colinas Sírias,[2][3][4][5] são uma região localizada no Levante.
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Lago Ram próximo ao monte Hérmon (ao fundo), no nordeste das colinas de Golã. | ||
Localização | ||
Localização das colinas de Golã. | ||
Coordenadas | ||
País | Território sírio ocupado por Israel.[1] | |
Características geográficas | ||
Área total | 1 800 km² |
A área exata definida como o território das colinas de Golã muda de acordo com a disciplina abordada:
Os primeiros indícios de ocupação humana remontam ao período Paleolítico Superior.[7]
De acordo com o relato bíblico, um reino amorita em Basã foi conquistado pelos hebreus durante o reinado de Ogue.[8] Durante todo o período do Antigo Testamento, Golã era "o foco de uma luta de poder entre os reis de Israel e os arameus que estavam baseados perto da atual Damasco".[9] Na Mixná, a região é chamada de Gablān, nome similar aos nomes em aramaico: Gawlāna, Guwlana e Gublānā.[10]
Os iturianos, um povo árabe ou aramaico, estabeleceram-se na região no século II a.C. e lá permaneceram até o final do período bizantino. Na época, a região era chamada de "Gaulanita" (em grego: Γαυλανῖτις, transl.: Gaulanitis).[10][11][12][13] Assentamentos judaicos organizados na região chegaram ao fim do ano 636, quando a área foi conquistada pelos árabes sob Omar.[14] No século XVI, Golã foi conquistada pelo Império Otomano e foi parte do Vilaiete de Damasco, até ser transferida para o controle francês em 1918. Quando o mandato terminou em 1946, a região tornou-se parte da recém-independente República Árabe Síria.
Em 19 de junho de 1967, o gabinete israelense votou por devolver Golã à Síria em troca de um acordo de paz. Essas ofertas foram recusadas pelo mundo árabe com a Resolução de Cartum em 1 de setembro de 1967.[15][16] Após a Guerra do Yom Kippur em 1973, Israel concordou em devolver cerca de 5% do território ao controle civil sírio. Esta parte foi incorporada a uma zona desmilitarizada ao longo da linha de cessar-fogo e se estende à leste. Essa faixa está sob o controle militar da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (UNDOF).
A construção de assentamentos israelenses começou no restante do território mantido por Israel, que estava sob administração militar até que Israel aprovou a Lei das Colinas de Golã, estendendo a legislação e a administração israelense a todo o território em 1981.[17] Esta atitude foi condenada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na Resolução 497,[18] afirmando que "a decisão de Israel de impor suas leis, jurisdição e administração nas ocupadas colinas de Golã sírias é nula e sem efeito jurídico internacional". Israel afirma que tem o direito de manter Golã, citando o texto da Resolução 242 da ONU, que clama por "fronteiras seguras e reconhecidas, livres de ameaças ou atos de força".[19] No entanto, a comunidade internacional rejeita as reivindicações israelenses de posse da área e considera a região como um território soberano sírio.[20]
Os primeiros-ministros israelenses, Yitzhak Rabin, Ehud Barak e Ehud Olmert afirmaram que estavam dispostos a trocar Golã pela paz com a Síria. Aproximadamente 10% dos drusos sírios que vivem em Golã aceitaram a cidadania israelense.[21] De acordo com o CIA World Factbook, em 2010, "existiam 41 assentamentos israelenses e terras de uso civil nas Colinas de Golã ocupadas por Israel".[22]
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