Dia Nacional da Visibilidade Lésbica
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O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica é uma data estabelecida no Brasil, criada por ativistas lésbicas brasileiras e dedicada à data em que aconteceu o 1º Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), ocorrido em 29 de agosto de 1996.[1][2][3][4]
Neste dia, as ações são coordenadas pela ABL - Articulação Brasileira de Lésbicas, ABGLT, Liga Brasileira de Lésbicas, Rede Afro LGBT, Rede de Lésbica Negras (Candace), Sapatá, Núcleo de Gênero e Sexualidade da Universidade Estadual da Bahia, Núcleo de Pesquisas em Sexualidade da Universidade Federal do Tocantins e Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.[5]
Em 2003, por ocasião da morte da ativista lésbica Rosely Roth, houve ainda a iniciativa de consagrar o dia 19 de agosto como Dia Nacional do Orgulho Lésbico.[6] Nesse dia em 1983, ativistas lésbicas lideradas por Rosely e acompanhadas de participantes de outros movimentos sociais ocuparam o Ferro's Bar em São Paulo, em resposta a agressões lesbofóbicas ocorridas algumas semanas antes.[7] Lésbicas lutavam pela permissão da venda de um jornal do Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF), chamado “Chanacomchana”, que debatia temas como legalização do aborto, relacionamentos entre mulheres, maternidade e perseguição da PM.[8][9][10]
Em nota pública, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias - CDHM disse que o dia deve lembrar a "O Dia Nacional da Visibilidade Lésbica marca um momento de lutas e resistência. A histórica discriminação das pessoas LGBT, materializada muitas vezes em assassinatos, agressões físicas e verbais tem limitado acesso aos direitos.(...) A ausência de políticas incisivas de combate ao chamado “estupro corretivo”, motivado pela intenção lesbofóbica de corrigir a sexualidade das lésbicas, e a invisibilização das mulheres lésbicas mesmo quando os debates LGBTQIA+ estão em voga, são questões que merecem atenção especial e batalhas por transformação".[11]