Ducado de Cândia
Creta sob domínio veneziano / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Ducado de Cândia (em italiano: Ducato di Candia) ou Reino de Cândia (em italiano: Regno di Candia) foi a ilha grega de Creta durante o período em que foi uma colónia ultramarina da República de Veneza, desde a conquista veneziana em 1205—1212 até à conquista pelo Império Otomano durante a Guerra de Cândia. A ilha era conhecida como Cândia devido ao nome da sua capital, Cândia ou Chandax, a moderna Heraclião. Na historiografia grega moderna, o período é conhecido como Venetocracia (em grego: Βενετοκρατία) ou Enetocratia (Ενετοκρατία).
Ducato di Candia, Regno di Candia Ducado de Cândia | ||||
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Bandeira | ||||
Mapa do Ducado de Cândia | ||||
Continente | Europa | |||
Região | Mediterrâneo Oriental | |||
País | Grécia | |||
Capital | Cândia 35° 19' N 25° 8' E | |||
Língua oficial | veneziano, grego | |||
Religião | catolicismo romano e ortodoxia grega | |||
Governo | Colónia | |||
Duque de Cândia | ||||
• 1212—1216 | Giacomo Tiepolo (primeiro) | |||
• 1667 | Girolamo Battagia (último) | |||
Período histórico | Idade Média | |||
• abril de 1204 | Tomada de Constantinopla | |||
• 1205 de 1205 | Início da ocupação | |||
• 12 de agosto de 1204 | Compra a Bonifácio de Montferrat | |||
• 1212 | Domínio efetivo de toda a ilha | |||
• 1363—1366 | Revolta de São Tito | |||
• 1669 | Conquista otomana | |||
• 1715 | Tomada otomana dos últimos redutos venezianos |
Creta fazia parte do Império Bizantino em 1204, quando a Quarta Cruzada dissolveu temporariamente o império e dividiu os seus territórios entre os líderes cruzados (ver Latinocracia). A ilha foi inicialmente atribuída a Bonifácio I de Monferrato mas este, incapaz de efetivar o controlo da ilha, vendeu-a prontamente a Veneza. As tropas venezianas começaram a ocupar a ilha em 1205, mas só em 1212 conseguiram controlá-la completamente, especialmente contra a oposição da grande rival de Veneza, a República de Génova.
Nos primeiros dois séculos de existência do ducado, foram frequentes as revoltas locais. O clima político e social foi acalmando e a partir do fim do século XIV a ilha prosperou e assistiu a um renascimento artístico e literário notável, o chamado Renascimento Cretense, representado, por exemplo, pela chamada escola cretense de pintura, cujo expoente máximo foi El Greco.