Economia de Pernambuco
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Pernambuco é o décimo estado mais rico e tem o décimo sétimo maior PIB per capita entre os integrantes da federação brasileira. Em nível regional, o estado possui o segundo maior PIB do Norte-Nordeste do país e o maior PIB per capita entre os estados nordestinos. Em valores de mercado, o PIB de Pernambuco alcançou R$ 254,9 bilhões em 2022, segundo dados divulgados pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). Sua economia representa 2,7% de toda riqueza produzida no Brasil, segundo o IBGE em 2019.
Economia de Pernambuco | |
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Lançamento do primeiro navio petroleiro João Cândido no Estaleiro Atlântico Sul. | |
Estatísticas | |
PIB | R$ 254,9 bilhões (2022) |
PIB per capita | R$ 20 702.30 (2019) |
PIB por setor | agropecuária 4,5%, indústria 19,7%, comércio e serviços 75,8% (2019) |
População abaixo da linha de pobreza |
15% (2019)[1] |
Coeficiente de Gini | 0,557 (2017)[2] |
Desemprego | 14,2% (2022) |
Principais indústrias | equipamentos industriais, construção naval, veículos motorizados e peças, eletrônicos, softwares, produtos químicos, petróleo refinado, indústria têxtil e outros bens de consumo |
Exterior | |
Exportações | $ 1,2 bilhões (2020)[3] |
Produtos exportados | petróleo refinado, veículos motorizados, poliacetais, açúcar in natura, frutas tropicais, uvas, acumuladores elétricos[3] |
Principais parceiros de exportação | Argentina Estados Unidos Holanda Singapura México Chile Paraguai (2017)[3] |
Importações | $ 2,7 bilhões (2020)[3] |
Produtos importados | petróleo refinado, gás de petróleo, peças automotivas, ácidos policarboxílicos, motores de ignição[3] |
Principais parceiros de importação | Estados Unidos México Argentina Itália Holanda China Japão (2017)[3] |
Finanças públicas | |
Salvo indicação contrária, os valores estão em US$ |
O IBGE em 2019 também apontou que a economia pernambucana é sustentada pela prestação de serviços (75,8%), seguido pela indústria (19,7%) e pela agropecuária (4,5%).
De acordo com boletim referente ao ano de 2017, publicado pelo Ministério da Fazenda, Pernambuco havia arrecadado R$ 14.466.357 mil em ICMS naquele ano, sendo como o 9° (nono) maior arrecadador deste imposto entre os estados da federação. Com dados do mesmo ano, Pernambuco figurou como o único estado nordestino a receber em investimentos federais um valor inferior ao que enviou em impostos para Brasília.[4]
A monocultura da cana-de-açúcar e do algodão e a extração do pau-brasil foram a base da economia estadual desde o Brasil Colônia até um período mais recente, quando o estado passou por uma forte diversificação econômica ocasionada por investimentos na infraestrutura logística.[5] No setor primário, a região semiárida do vale do Rio São Francisco tornou-se uma grande exportadora de frutas tropicais; no setor secundário, a região litorânea se destaca pela indústria leve (alimentícia e automobilística) e pesada (metalúrgica, petroquímica e siderúrgica), enquanto o Agreste pela indústria têxtil; no setor terciário, Recife e Caruaru são importantes pólos comerciais e de prestação de serviços a nível regional, enquanto que o litoral sul se destaca pelo forte turismo em suas praias internacionalmente conhecidas.[6]
Entre os investimentos importantes que o estado recebeu nas últimas décadas, destacam-se a Refinaria Abreu e Lima, a segunda maior da região nordeste e a mais moderna do país;[7] o Estaleiro Atlântico Sul, o maior estaleiro do Hemisfério Sul;[8] a Jeep, que construiu no estado a mais moderna montadora do grupo no mundo, além de um centro de pesquisas;[9] a Vivix, única indústria de vidros planos do país;[10] o Polo Farmacoquímico e de Biotecnologia, o primeiro do tipo no Brasil;[11] entre outros na área de geração de energia eólica[12] e informática.[13]