Economia do estado de São Paulo
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A economia do estado de São Paulo é desenvolvida e detém o maior PIB entre os estados brasileiros, produzindo, em 2020, cerca de 2,326 trilhões de reais (31,6% do PIB nacional),[3] e o segundo maior PIB per capita (48 542,24 de reais em 2018).[4] Sendo o estado mais rico e populoso do Brasil, é o seu principal centro financeiro e um dos principais centros do mundo. A terceira maior economia e o terceiro maior mercado consumidor da América Latina, ocupa a 21.ª posição no ranking das maiores economias do planeta, à frente de países como a Argentina, Bélgica, Chile e Singapura. Graças à sua enorme força econômica, São Paulo é conhecido como "a locomotiva do Brasil".[5]
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A economia paulista, desenvolvida e heterogênea, é alimentada por recursos naturais abundantes, uma infraestrutura bem desenvolvida, alta produtividade e uma mão de obra altamente qualificada, detém 70% da mão de obra qualificada do pais.[6] Atualmente São Paulo é líder em vários setores da economia brasileira, notadamente no setor financeiro, concentrado na cidade de São Paulo, a qual contém mais de 30,5% das agências bancárias e 30% das operações de crédito no Brasil, além da B3, uma das cinco maiores bolsas de valores do mundo. Na agropecuária, destaca-se como um dos maiores produtores do país, sendo o maior produtor mundial de suco de laranja, açúcar e etanol, e também se posiciona entre os principais produtores de alimentos industriais do mundo, detendo cerca de 35,5% da produção industrial de alimentos nacional. Na indústria, destaca-se como a mais moderna e variada da América Latina, a qual apresenta uma forte base tecnológica, possuindo o maior parque industrial e concentrando 36% da produção brasileira; destacam-se a indústria automobilística, sendo o berço da indústria automobilística no Brasil, o 15.º maior produtor de veículos do mundo, centralizando mais de 41% das fábricas do complexo automotivo nacional; a indústria aeroespacial e defesa, a qual é o maior polo aeroespacial da América Latina. Outros setores importantes que também encontram-se em posição de liderança no país são os de pesquisa e desenvolvimento, saúde e ciências da vida, mercado imobiliário, energia, tecnologia da informação e comunicação (TIC), petróleo e gás natural, economia verde, dentre outros.[7][8]
Localizado na Região Sudeste, a segunda menor do país em extensão territorial, o Estado de São Paulo faz fronteira com dois dos três estados da Região, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e com Paraná a sul e Mato Grosso do Sul a oeste, além do Oceano Atlântico a sudeste. A unidade federativa oferece uma ótima infraestrutura logística para investimentos, devido às boas condições e extensão de sua malha rodoviária, bem como por sua infraestrutura hidroviária, portuária e aeroportuária. A interligação dessas malhas permite um eficiente sistema de transporte multimodal. De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), 19 das 20 melhores rodovias do Brasil estão localizada no estado, sendo, assim, a melhor malha rodoviária do país, apresentando 81,6% de sua extensão classificados como ótimo ou bom.[9] Além disso, detém o maior e principal porto brasileiro – um dos principais do mundo – e o maior complexo portuário da América Latina: o Porto de Santos; e o maior e segundo mais movimentado aeroporto da América Latina, o Aeroporto de São Paulo-Guarulhos.[5] Em 2018, o estado exportou cerca de 52,3 bilhões de dólares, o que representou 21,8% das exportações brasileiras. Dentre seus maiores mercados consumidores, estão a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), para a qual exportou 30,23%; o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), 22,47%; Mercosul, 15,96%. Com relação a países, os Estados Unidos se destaca com 17,36% dos produtos exportados, seguido da China, com 12,46%. No que tange às importações, os dois países permanecem como os principais parceiros, porém com a ordem inversa: o último responde por 18,72% do valor das importações paulistas, enquanto os Estados Unidos, 17,43%; a Alemanha representa 9,41%.[10]
A arrecadação de ICMS de São Paulo é a maior do país. Em 2012 foi de R$ 109 103 539 mil ou 33,4% de toda a arrecadação dos estados brasileiros. A receita bruta do estado gerou algo em torno de 550 bilhões de dólares na paridade de poder de compra.
Apesar de continuar a crescer economicamente, o estado de São Paulo vem perdendo parte de sua participação no PIB nacional devido, evidentemente, ao desenvolvimento dos outros estados. Em 1990 o estado respondia por 37,3% do produto interno bruto do Brasil. Em 2008, a participação na produção total de bens e serviços do país foi de 33,1%.[11] Em 2009, a participação foi de 33,5%, caindo novamente para 33,1% em 2010 e 32,1% em 2013 e subindo para 32.2% em 2014.[12]
São Paulo é responsável por 28,6% dos produtos industrializados fabricados no Brasil. A participação no PIB industrial nacional reduziu desde 2010, quando era responsável por 32,1% do total. Em relação ao PIB do estado, a indústria responde por 22,9%.[13] Em 2016, era o estado com mais bilionários, 71 dos 165 do Brasil.[14]
Com o COVID-19, a economia do país desacelerou, enquanto o estado apresentou um aumento acima da média nacional, que recuou 4,1%,[15]