Eleições estaduais em São Paulo em 1945
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As eleições estaduais em São Paulo em 1945 ocorreram a 2 de dezembro sob as regras fixadas no decreto-lei nº 7.586[1] e numa resolução do Tribunal Superior Eleitoral baixada em 8 de setembro como parte das eleições no Distrito Federal, 20 estados e no território federal do Acre.[nota 1] Foram eleitos dois senadores e trinta e cinco deputados federais enviados à Assembleia Nacional Constituinte para elaborar a Constituição de 1946 restaurando a democracia após o Estado Novo.[2]
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Eleições estaduais em São Paulo em 1945 | ||||
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2 de dezembro de 1945 (Turno único) Senadores eleitos | ||||
Candidato | Getúlio Vargas | Marcondes Filho | ||
Partido | PTB | PTB | ||
Natural de | São Borja, RS | São Paulo, SP | ||
Votos | 414.943 | 362.557 | ||
Porcentagem | 16,47% | 14,39% | ||
Titular Eleito | ||||
Convocados a eleger seus representantes no Congresso Nacional, os paulistas deram a Getúlio Vargas o status de senador a bordo de uma votação nominal recorde, a despeito de o mesmo ter impedido a posse de Júlio Prestes como presidente da República ao tomar o poder via Revolução de 1930 e responder militarmente à Revolução Constitucionalista de 1932. Apesar vitória, o ex-presidente não exerceu o mandato obtido em São Paulo, preferindo representar os gaúchos no Senado Federal. Numa época onde não existia a figura do domicílio eleitoral e a lei permitia as "candidaturas múltiplas", Getúlio Vargas abdicou do mandato de deputado federal que conseguiu em seis estados e no Distrito Federal, sendo efetivados os suplentes. A sua cadeira de senador por São Paulo foi preenchida em 1947 por Euclides Vieira.
Quanto à segunda cadeira de senador, a mesma foi entregue também ao PTB na pessoa de Marcondes Filho. Paulistano, ele é advogado pela Universidade de São Paulo e foi promotor de justiça na capital paulista. Integrante do Partido Republicano Paulista, foi eleito vereador na cidade de São Paulo em 1925 e deputado federal em 1927 e 1930. Vitimado pela Revolução de 1930, afastou-se por alguns anos da vida política até que se aproximou do presidente Getúlio Vargas e foi nomeado para dirigir o Departamento Administrativo do Estado de São Paulo após o Estado Novo.[3] Posteriormente foi nomeado ministro do Trabalho e em sua gestão foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho e acumulou esse cargo com o de ministro da Justiça.[4]