Eleições estaduais no Tocantins em 1998
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As eleições estaduais no Tocantins em 1998 ocorreram em 4 de outubro como parte das eleições em 26 estados e no Distrito Federal. Foram eleitos o governador Siqueira Campos, o vice-governador João da Cruz, o senador Eduardo Siqueira Campos, oito deputados federais e vinte e quatro deputados estaduais. Estavam aptos a votar 624.344 eleitores, dos quais 125.466 (20,10%) se abstiveram.[1]
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Eleições estaduais no Tocantins em 1998 | ||||
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4 de outubro de 1998 (Decisão em primeiro turno) | ||||
Candidato | Siqueira Campos | Moisés Avelino | ||
Partido | PFL | PMDB | ||
Natural de | Crato, CE | Santa Filomena, PI | ||
Vice | João da Cruz | Mário Vaz | ||
Votos | 245.434 | 132.060 | ||
Porcentagem | 61,65% | 33,17% | ||
Candidato mais votado por município no 1º turno (139): Siqueira Campos (127) Moisés Avelino (12) | ||||
Titular Eleito | ||||
Na disputa pelo Palácio Araguaia o vencedor foi Siqueira Campos. Natural do Crato (CE), iniciou sua vida política ao eleger-se vereador em Colinas do Tocantins em 1964. Defensor da criação do Tocantins, efetivada pela Constituição de 1988, foi eleito deputado federal pela ARENA em 1970 e 1974, foi eleito suplente em 1978 sendo efetivado posteriormente com a morte de José de Assis. Com o fim do bipartidarismo ingressou no PDS sendo reeleito em 1982. Durante a legislatura votou contra a Emenda Dante de Oliveira em 1984 e escolheu Paulo Maluf no Colégio Eleitoral em 1985.[2][3] Reeleito via PDC em 1986, atuou em prol da criação do Tocantins, sendo eleito o primeiro governador do respectivo estado em 1988 sendo reconduzido ao mesmo cargo via PPR em 1994 e reeleito pelo PFL em 1998.[4][5][nota 1]
O resultado final representou o auge do "siqueirismo" graças à astúcia de seu líder que deixou o governo em abril de 1998, entregando-o a Raimundo Boi. Tal iniciativa possibilitou a candidatura de Eduardo Siqueira Campos ao Senado Federal, pois a Constituição impede que parentes até segundo grau de um governante disputem um mandato eletivo caso o mesmo esteja no poder, exceto se o parente buscar a reeleição de um mandato que já exerça, fórmula que não se aplicaria neste caso, pois o filho não exercia qualquer mandato eletivo. Graças ao aparente desprendimento, Siqueira Campos assistiu à vitória do filho e ostentou a condição sui generis de candidato a reeleição, não obstante sua renúncia ao Palácio Araguaia.[1]
Quanto ao vice-governador João da Cruz, este foi rival de Siqueira Campos na disputa pelo governo estadual em 1994 e eleito vice-governador em 1998.[1]