Golpe de Estado no Sudão em 2021
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O golpe de 2021 no Sudão aconteceu em 25 de outubro em Cartum, interrompendo o processo de transição democrática iniciado em 2019. O Exército sudanês deteve dezenas de funcionários de governo e políticos, dirigentes civis e o próprio primeiro-ministro Abdalla Hamdok. Ao mesmo tempo, anunciou a dissolução do governo de transição.[2][1]
Golpe de Estado no Sudão em 2021 | |||
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Parte do processo de transição democrática do Sudão de 2019–2024 | |||
Manifestação civil contra o golpe de outubro no Sudão | |||
Data | 25 de outubro de 2021 – 21 de novembro de 2021 | ||
Local | Cartum, Sudão | ||
Desfecho | Golpe militar bem sucedido
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Comandantes | |||
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O líder dos golpistas, general Abdel Fattah al-Burhan, líder militar do Conselho Soberano, anunciou a dissolução do conselho de ministros e do próprio Conselho Soberano e declarou o estado de emergência.[3][4][5] Organizações da sociedade civil convocaram manifestações nas ruas para defender a transição, uma brutal repressão deixou pelo menos 41 um mortos. Uma tentativa de golpe ocorreu já em setembro de 2021.[6]
Em 21 de Novembro, o líder militar al-Burdan assinou um acordo de 14 pontos com Abdalla Hamdok, que reassumiu o cargo de primeiro ministro. Todos os demais prisioneiros políticos foram liberados.[7] Protestos contra o acordo com os militares seguiram-se imediatamente, a repressão causou a morte de jovem de 16 anos, por forças de segurança em Omdurman.[8]
Dois dias depois da restauração, 23 de Novembro, doze ministros de Estado, que eram parte do governo de transição de Abdalla Hamdok antes do golpe, resignaram seus cargos em protesto contra o acordo com o conselho militar.[9]