História da língua tupi
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Este artigo aborda a história da língua tupi, tanto da língua em si como de seus estudos e de sua influência na cultura e na identidade do país.
Durante a colonização do Brasil no século XVI, o tupi antigo era a língua predominante nas regiões costeiras do país, tanto entre nativos quanto entre colonos. A colonização do Brasil foi feita principalmente por homens. Estes se casavam com mulheres indígenas. Os filhos, criados sobretudo pelas mães, adotavam a língua materna, o tupi. Deste modo, é possível compreender como essa língua indígena passou a predominar inclusive sobre o português nos tempos coloniais.
Apesar de algumas variações diatópicas (isto é, variações conforme o espaço; por exemplo, enquanto a palavra para rio era 'y na maior parte do litoral, no nordeste a palavra era îy), tornou-se imperativo que o maior número de colonizadores aprendesse a língua para a conquista territorial e para a conversão dos nativos. Os primeiros registros da língua datam da década de 1510, mas um registro substancial só foi produzido na década de 1540. Os jesuítas desempenharam um papel crucial na formalização de sua gramática, com José de Anchieta compondo uma gramática para ela em 1555. Com o tempo, deu origem às línguas gerais e contribuiu com diversas palavras para o português brasileiro e uma literatura rica e diversificada.
O século XX viu um ressurgimento do interesse pelo tupi antigo. O início desse século viu uma forte onda de nacionalismo, e o tupi foi visto como uma forma de criar uma unidade nacional e uma identidade ao país que se unificava politicamente.