Imperatriz (Maranhão)
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Imperatriz é um município brasileiro do estado do Maranhão, Região Nordeste do país. Localiza-se na Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense e sua população em 2022 era de 273 110 habitantes, sendo assim o segundo mais populoso do estado maranhense. É sede da Região Metropolitana do Sudoeste Maranhense, com sete municípios conurbados, a cidade estende-se pela margem direita do rio Tocantins, e é atravessada pela Rodovia Belém-Brasília, situando-se na divisa com o estado do Tocantins.
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Município do Brasil | |||
Imagens de Imperatriz | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Paz e progresso | ||
Gentílico | imperatrizense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Imperatriz no Maranhão | |||
Localização de Imperatriz no Brasil | |||
Mapa de Imperatriz | |||
Coordenadas | 5° 31' 33" S 47° 28' 33" O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Maranhão | ||
Região metropolitana | Sudoeste Maranhense | ||
Municípios limítrofes | Norte: Cidelândia e São Francisco do Brejão; Sul: Governador Edison Lobão; Leste: João Lisboa, Senador La Rocque e Davinópolis; Oeste: São Miguel do Tocantins (TO), Praia Norte (TO), Augustinópolis (TO) e Sampaio (TO). | ||
Distância até a capital | 626 km | ||
História | |||
Fundação | 16 de julho de 1852 (171 anos)[2] | ||
Emancipação | 27 de agosto de 1856 (167 anos)[2] | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Assis Ramos (UNIÃO, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 1 369,039 km² | ||
População total (Censo IBGE/2022[1]) | 273 110 hab. | ||
• Posição | MA: 2º | ||
Densidade | 199,5 hab./km² | ||
Clima | tropical | ||
Altitude | 95 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | de 65900-000 até 65919-999 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,731 — alto | ||
• Posição | MA: 2º | ||
PIB (IBGE/2020[4]) | R$ 7 230 564,31 mil | ||
• Posição | MA: 2º | ||
PIB per capita (IBGE/2020[4]) | R$ 27 880,96 | ||
Sítio | https://imperatriz.ma.gov.br/ (Prefeitura) |
Imperatriz é o maior entroncamento comercial, energético e econômico do estado, sendo ainda o segundo maior centro populacional, econômico, político e cultural do Maranhão.[5] Imperatriz está num cruzamento entre a soja de Balsas,[6] no sul do Maranhão, a extração de madeira na fronteira com o Pará, a siderurgia em Açailândia[7] e a agricultura familiar no resto do estado, com destaque para a produção de arroz, e também das futuras potencialidades como a produção de energia e celulose com a implantação da Hidrelétrica de Estreito,[8][9] de Serra Quebrada[10][11] e da fábrica da Suzano Papel e Celulose em Imperatriz.[12][13]
Além dessas potencialidades, pode-se perceber também intensa atividade extrativista, principalmente na reserva do Ciríaco. Para dar suporte logístico a todas essas atividades, Imperatriz assume postura de capital local, pois através do Complexo atacadista do Mercadinho e do Centro Varejista do Calçadão, a produção do sul do Maranhão, norte do Tocantins e leste do Pará é escoada. Para tanto Imperatriz conta com a Rodovia BR-010 (Belém-Brasília), com um dos maiores rios do país, o Rio Tocantins e com a Ferrovia Norte-Sul. Além disso, por Imperatriz passam as principais linhas de transmissão de energia elétrica do Maranhão[14] e de outros estados.
Hoje, por força de seu grande desempenho nos setores do comércio e da prestação de serviços, Imperatriz ocupa a posição de segundo maior centro político, cultural e populacional do estado, segundo maior PIB do Maranhão e 165º do Brasil com PIB de R$ 7.200.597,00 milhões, superada apenas pela capital São Luís.[15] É também o principal polo da região que aglutina o sudoeste do Maranhão e norte do Tocantins. A história e o desenvolvimento de Imperatriz deram-lhe diversos títulos, entre eles o de "Portal da Amazônia - Capital da Energia".[5] Historicamente, a cidade de Imperatriz foi abrigo de muitos povos indígenas antes de sua ocupação pela comitiva do Frei Manoel Procópio, considerado o seu fundador (veja tópico sobre a história de Imperatriz).
Seu atual nome foi dado em homenagem à Imperatriz Teresa Cristina. Com o tempo, sua denominação foi simplificada pela população que habitava o local onde hoje é a cidade, havendo documentos anteriores à Abolição em que a vila é mencionada simplesmente como Imperatriz. A nomenclatura Vila de Imperatriz foi alterada oficialmente para Imperatriz pela lei provincial nº 631, de 5 de dezembro de 1862.[5]
A bandeira
A Bandeira de Imperatriz mede oficialmente 1,60 m de largura por 1,12 m de altura, o que corresponde a 1.792 cm². Essa área é ocupada por três faixas de cores diferentes, pintadas no sentido longitudinal (horizontal). A faixa mais acima (superior) é de cor amarela e simboliza as riquezas do município (na época de sua criação, principalmente o arroz, cuja casca, por sinal, é de cor amarelada). A faixa do meio (central) é de cor branca e quer lembrar paz, harmonia e concórdia. A faixa de baixo (inferior) tem a cor verde e representa as matas imperatrizenses, à época mais abundantes.
Outras duas cores estão presentes na bandeira: o azul de um triângulo localizado no meio da faixa central e o vermelho, das cinco pedras preciosas incrustadas em uma coroa amarela que está dentro do triângulo. O triângulo azul significa os três conjuntos das forças vivas do município: agricultura e pecuária, comércio e indústria; e educação e cultura. Por sua vez, a coroa simboliza o caráter nobre e de majestade da realeza imperial, aspectos evocados pelo nome Imperatriz, que veio do título da Imperatriz Teresa Cristina, esposa do imperador Dom Pedro II. A bandeira pode ser usada em todas as manifestações cívicas do povo de Imperatriz, de caráter oficial ou particular.[5]
O brasão
O Brasão de Armas de Imperatriz é um escudo encimado por uma coroa e, sobre esta, uma faixa amarela com o nome do município em letras de cor verde. Abaixo do escudo, outra faixa amarela, com a frase Paz e Progresso, em letras verdes. No centro do escudo, o desenho de uma palmeira, ladeada por um pé de arroz e outro de milho.
A simbologia do escudo faz referência às riquezas do município (representadas pela cor amarela das faixas); à majestade e nobreza sugeridas pelo nome Imperatriz (representadas pela coroa); às riquezas vegetais que, na história do município, serviram de base ao seu crescimento econômico; à esperança de uma cidade que cresce sem conflitos, sentimento esse representado visualmente pela cor verde e literalmente pela expressão Paz e Progresso. Com o passar dos anos, leves alterações foram introduzidas em relação ao desenho original do Brasão.
O uso do Brasão de Armas de Imperatriz é obrigatório na Prefeitura Municipal, na Câmara de Vereadores e nos papéis oficiais dos poderes Executivo e Legislativo (documentos, papel de correspondências, convites e publicações oficiais).[5]
O hino
O Hino de Imperatriz tem letra e música de José de Ribamar Fiquene, que foi professor, juiz de Direito e prefeito do município e governador do estado. Além do Hino de Imperatriz, compôs o Hino do 50º Batalhão de Infantaria de Selva, sediado em Imperatriz. Foi membro da Academia Imperatrizense de Letras. O maestro Moisés da providência fez a instrumentação a base de banjo e flauta acústica.[5]
O surgimento de Imperatriz começou a ser desenhado nos fins do Século XVI e início do Século XVII, com a iniciativa dos bandeirantes , que, partindo de São Paulo, buscavam nos confins da Europa, a riqueza, o desconhecido e a aventura. Enquanto os bandeirantes navegavam da nascente em busca da foz, paralelamente as entradas governamentais e/ou religiosas subiam o rio, tentando alcançar suas nascentes. Das entradas realizadas, a que mais nos interessa foi a que se realizou no ano de 1658 pelos jesuítas Padre Manuel Nunes e Padre Francisco Veloso, que teriam sido os primeiros a utilizar o sítio onde hoje está Imperatriz.
A fundação de Imperatriz deu-se em 16 de julho de 1852, três anos depois da partida da expedição que saiu do porto de Belém, em 26 de junho de 1849. Frei Manuel Procópio do Coração de Maria, capelão da expedição, foi o fundador da povoação, que recebeu inicialmente o nome oficial de Povoação de Santa Teresa do Tocantins.
Depois de quatro anos, em 27 de agosto de 1856, a lei nº. 398 criou a Vila de Imperatriz, nome dado em homenagem à imperatriz Teresa Cristina. Com o tempo, sua denominação foi simplificada pela população, havendo documentos anteriores à Abolição em que a vila é mencionada simplesmente como Imperatriz.
Sua elevação à categoria de cidade é datada de 22 de abril de 1924, no governo Godofredo Mendes Viana (Lei nº. 1.179). Imperatriz, até então permanecia em um isolamento secular, com um crescimento tímido e lento. O início da transformação socioeconômica e do crescimento populacional deu-se a partir de 1953, com a construção duma estrada que a ligou a Grajaú, possibilitando o acesso à capital do estado, São Luís, e ao restante do Nordeste brasileiro, o município de Imperatriz mantinha-se isolado por via terrestre o que fez com que a população dobrasse em menos de cinco anos. Para se ter uma ideia de quão pequena era a cidade antes da transformação socioeconômica, de acordo com o recenseamento do IBGE de 1950, Imperatriz tinha apenas 5015 habitantes, onde 3863 destes se encontravam na zona rural. A construção da rodovia Belém-Brasília, a partir de 1958, no governo do presidente Juscelino Kubitschek, resultou num rápido crescimento econômico e populacional do município a cidade dispunha apenas de cinco estabelecimentos comerciais varejistas e um estabelecimento onde vendia-se bebidas com alto teor alcoolifica que mantinham transações com o comércio de Belém, Recife, Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís, importando tecidos em geral, ferragens, estivas, miudezas e medicamentos.[16]
A cidade contava ainda, com apenas dois dentistas, onze unidades escolares, sendo sete do ensino fundamental comum, 3 do fundamental supletivo e uma de ensino complementar. Destaque para o Educandário Santa Terezinha, atual Escola Santa Terezinha, que foi a primeira escola a funcionar regularmente no município. Imperatriz possui ainda, apenas um advogado em exercício, uma agência postal telegráfica e apenas um caminhão registrado na Prefeitura Municipal. Em 1955 perdeu parte do seu território, para, com ele, ser constituído o município de Montes Altos, que se criou pela Lei nº 1354 de 8 de setembro de 1955, e cuja instalação se deu a 22 de Dezembro do mesmo ano.[16]
A expansão do transporte
As formas de acesso à capital do estado eram bastante precárias. O acesso de Imperatriz à São Luís poderia ser feito de até quatro maneiras mistas, mas nenhuma delas de forma ferroviária ou rodoviária direta. Ei-las:
Rota | Percurso |
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1ª Alternativa Mista | 1) a cavalo, 584 km até Pedreiras; 2) rodoviário, 93 km até Coroatá e 3) ferroviário (Estrada de Ferro São Luís-Teresina), 237 km até São Luís. |
2ª Alternativa Mista | 1) a cavalo, 584 km até Pedreiras; 2) rodoviário, 298 km até São Luís. |
3ª Alternativa Mista | 1) aéreo até Teresina, e de lá a São Luís, 1125 km |
4ª Alternativa Mista | 1) aéreo até Belém, e de lá a São Luís, 1131 km |
Com o plano de metas do Presidente Juscelino Kubitschek, que pretendia desenvolver o país em 50 anos dentro de 5, além de integrar as regiões até então isoladas ao centro sul do país, foi criada em 1958 a BR 010, mais conhecida como Rodovia Belém-Brasília, que passou por Imperatriz. A construção dessa rodovia trouxe um rápido crescimento econômico e populacional do município.
No regime militar, foram feitas obras faraônicas na Amazônia, com o objetivo de ocupação e integração da mesma, como por exemplo, a Rodovia Transamazônica. Em 1975 durante o Governo de Ernesto Geisel, foi criado o Polamazônia, O Programa de Polos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia com a finalidade de explorar as potencialidades naturais da região amazônica. Foram criados 15 polos de exploração agropecuários e agrominerais, e um deles em Imperatriz. Isso fez com que várias mudanças ocorressem, como a maior presença do médio e grande capital nacional e estrangeiro, e algumas obras dentro do município, como por exemplo, a construção da Praça de Fátima.
Após o regime militar, no período da Nova República, o município passaria a ser cortado pela Ferrovia Norte-Sul no ano de 1988, logo após a conclusão do primeiro trecho desta durante o Governo de José Sarney. O trecho inicial da ferrovia liga Imperatriz à cidade de Açailândia, onde se entronca com a Estrada de Ferro Carajás, que segue para São Luís. O transporte ferroviário de passageiros ligando ambas as cidades se iniciou no ano de 1993 pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que também opera a Estrada de Ferro Carajás. Porém, o modal de passageiros no trecho teve vida curta, encerrando suas atividades ainda nos anos 90.
A Ferrovia Norte-Sul, no entanto, inagurar-se-ia oficialmente em toda a sua extensão em 1996 durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, o seu trecho inicial, que liga Imperatriz à Açailândia e a Porto Nacional (TO), encontra-se em operação pela VLI Multimodal para o transporte de cargas.
Com uma latitude de 5°31'33 sul e longitude de 47°28'33 oeste, localiza-se próximo à divisa com o Tocantins, num território razoavelmente plano e fértil, ao Sudoeste do estado, em uma altitude de 95 metros, em média. Possui atualmente área total de 1 368,988 km², ocupando a 76º (Septuagésimo Sexto) maior área do estado. A área urbana totaliza apenas 15,4 km², sendo a 195º maior área urbana do país e a 2º do estado do Maranhão.[17]
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[18] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Imperatriz.[19] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Imperatriz, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Oeste Maranhense.[20]
O fuso horário de Imperatriz é o mesmo com relação ao horário de Brasília e de -3h ao Tempo Universal Coordenado (UTC), ou seja, o horário local é contado a partir de menos três horas do horário do Meridiano de Greenwich. Imperatriz não sofre com a alteração provocada pelo horário nacional de verão.
O município faz divisa ao Norte com os municípios de Cidelândia e São Francisco do Brejão; ao Sul com Governador Edison Lobão; à Leste com João Lisboa, Senador La Rocque e Davinópolis e à Oeste com os municípios tocantinenses de São Miguel do Tocantins, Praia Norte, Augustinópolis e Sampaio.
Os tipos de solos originais que constituem o município são o Latossolo vermelho escuro: solos minerais profundos e bem drenados; as Areias quartzosas: solos minerais, não hidromórficos, textura arenosa, pouco desenvolvido e com baixa fertilidade natural e os Solos litoicos: solos rasos, muito pouco evoluídos, apresentam teores baixos de materiais primários de fácil decomposição.
Vegetação
Os tipos de vegetação originais do município são a floresta amazônica e o cerrado, este último que se caracteriza por árvores baixas, de troncos retorcidos e cascas grossas, espalhadas pelo terreno; as florestas ou matas, que se caracteriza pelo predomínio de árvores altas que crescem bem próximas umas das outras, além dos campos, que caracterizam-se pela formação de plantas rasteiras, predominando o capim e a grama também é comum encontrar plantas carnívoras.
Do ponto de vista ecológico, Imperatriz apresenta uma grande diversidade de espécies de plantas e animais. Na região oeste do estado estão demarcados de 300 mil hectares de terra referentes à Reserva Biológica do Gurupi, que é o que restou da floresta amazônica no Maranhão. Imperatriz por fazer parte dessa área recebeu o título de Portal da Amazônia.
Hidrografia
O município de Imperatriz é banhado pelo rio Tocantins, além dos riachos Cacau, o riacho Bacuri, Santa Teresa, Capivara, Barra Grande, Cinzeiro, Angical, Grotão do Basílio e Saranzal. O rio Tocantins é um dos rios mais importantes do norte brasileiro,e como consequência, do município de Imperatriz.
O Rio Tocantins é uma das fontes de pescados para a população, e além disso, proporciona também oportunidades de lazer para os Imperatrizenses e a população dos municípios vizinhos, quando a partir de julho, ao baixar de suas águas, faz-se surgir praias fluviais. As mais famosas são as Praias do Cacau, do Meio, da Belinha e do Imbiral. O rio também é a principal fonte de abastecimento de água do município.
Clima
O oeste maranhense, onde Imperatriz está inserida, está dentro da área de atuação do clima tropical subúmido, típico do Brasil central, com médias pluviométricas e térmicas altas. A temperatura média no município oscila entre 26 e 27 °C. As chuvas ficam mais distribuídas nos primeiros e últimos meses do ano, mas o estado não sofre com longos períodos de seca. A média pluviométrica do município é de 1 490 mm anuais, sendo março o mês mais chuvoso e julho o mais seco.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1931 a 1970 e a partir de 1976, a menor temperatura registrada em Imperatriz foi de 11,6 °C em 23 de julho de 1934 e a maior atingiu 40,2 °C em 14 de setembro de 2020. O maior acumulado de precipitação em 24 horas chegou a 198,8 mm em 16 de março de 2020.[21][22][23]
Dados climatológicos para Imperatriz | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 37,3 | 37,4 | 35,8 | 36,5 | 36,2 | 37,3 | 37,6 | 39,1 | 40,2 | 40 | 38,7 | 38,2 | 40,2 |
Temperatura máxima média (°C) | 31,8 | 31,9 | 31,9 | 32,3 | 33 | 33,5 | 34,3 | 35,4 | 35,4 | 34,4 | 33,3 | 32,3 | 32,5 |
Temperatura média compensada (°C) | 26,6 | 26,6 | 26,1 | 26,6 | 27,2 | 27,1 | 27,2 | 28,3 | 28,8 | 28,4 | 27,8 | 27,2 | 27,3 |
Temperatura mínima média (°C) | 22,5 | 22,5 | 22,6 | 22,7 | 22,7 | 21,4 | 20,4 | 21 | 22,5 | 23,1 | 22,9 | 22,6 | 22,2 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 17,4 | 16,2 | 18,9 | 18 | 16,7 | 14,1 | 11,6 | 12,2 | 13,9 | 17,6 | 18 | 17,9 | 11,6 |
Precipitação (mm) | 257,1 | 240,5 | 283,4 | 196,8 | 93,7 | 13,9 | 5,9 | 6,6 | 24,2 | 65,1 | 130,4 | 174,3 | 1 491,9 |
Dias com precipitação | 16 | 15 | 16 | 14 | 8 | 2 | 1 | 1 | 2 | 5 | 9 | 12 | 101 |
Umidade relativa compensada (%) | 81,4 | 81,2 | 82,2 | 80,8 | 77,4 | 70,6 | 65 | 59,5 | 62,1 | 67,4 | 74,2 | 78,2 | 73,3 |
Horas de sol | 148,9 | 132,2 | 145,7 | 171,5 | 222,2 | 262 | 281,3 | 264,6 | 198,7 | 159,7 | 143,3 | 143,6 | 2 273,7 |
Fonte: INMET (precipitação e umidade: normal climatológica de 1991-2010; médias de temperatura e horas de sol: normal 1981-2010;[21][24] recordes de temperatura: 1931 a 1970 e 1976-presente)[22][23] |
A população do município de Imperatriz, de acordo com o último censo realizado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgado em 1 de dezembro de 2010, apresenta os seguintes dados:[25]
- População masculina: 119.230 habitantes - 48,16%,
- População feminina: 128.323 habitantes - 51,84%,
- Total das populações por gênero: 247.553 habitantes - 100,00%.
- Zona urbana: 234.671 habitantes - 94,80%,
- Zona rural: 12.882 habitantes - 5,20%,
- Total da população do município: 247.553 habitantes - 100,00%.
- Estimativa da população(Data de Ref.: 1 de julho de 2012) realizado pelo IBGE e publicado no D.O.U. em 31 de agosto de 2012: 250.063 habitantes.[26]
O surto de crescimento populacional ocorreu principalmente a partir década de 1960 com a abertura das rodovias Belém-Brasília, que corta o Oeste Maranhense no território do município, BR-226, que liga Teresina à Região Tocantina, e BR-222, que liga a região do Mearim às terras devolutas do Alto Pindaré[5]. A abertura, piçarramento e posterior asfaltamento das estradas federais e estaduais permitiram mais fácil comunicação rodoviária entre Imperatriz e Belém, São Luís, Anápolis, Brasília, Goiânia, São Paulo, todo o Centro-Oeste e o Nordeste, e facilitou muito a ocupação demográfica da fronteira agrícola representada, na época, pelas terras devolutas e virgens da pré-Amazônia maranhense. Podemos destacar, como fatores determinantes da ocupação demográfica de Imperatriz: posição geográfica intermediária entre polos de desenvolvimento regional (Belém/Brasília/Goiânia); grande disponibilidade de terras devolutas e de boa qualidade para cultivo agrícola; pauperismo secular das populações do semiárido do Nordeste Oriental (Piauí, Ceará, Pernambuco e Paraíba).[5] Tal fato é uma das marcas da centralização dos serviços da região sudoeste do estado em Imperatriz, que levou a multiplicação das vilas e favelas na periferia do município.
A sua área metropolitana Sudoeste Maranhense, composta por Imperatriz e os municípios de Cidelândia, São Francisco do Brejão, João Lisboa, Senador La Rocque, Davinópolis, Governador Edison Lobão, São Miguel do Tocantins, Praia Norte, Augustinópolis e Sampaio, tem mais de 363.175 mil habitantes. Sua taxa de crescimento populacional é de -0,39% de 01.08.2000 à 01.04.2007, devido o desmembramento dos municípios de Cidelândia, Davinópolis, Governador Edison Lobão, São Francisco do Brejão, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios, passando dos 6 075,1 km² para os atuais 1 368,988 km².
Condição social
Socialmente, Imperatriz possui o segundo melhor IDH do Maranhão. Nota-se, nos últimos 30 anos, um crescimento desordenado da periferia com aumento substancial do número de invasões e favelas (popularmente as vilas), culminando com uma forte especulação imobiliária o que cria vazios de urbanização dentro do perímetro urbano.
Urbanização e arquitetura
Imperatriz tem característica e tamanho dignos dum centro regional, apesar de possuir poucas avenidas amplas e largas. Imperatriz experimentou um "boom" de desenvolvimento nas década de 1960, década de 1970 e década de 1980 (como dito acima), sendo grande polo atrativo de empregos.[5]
Nos últimos anos houve um grande crescimento de construções voltadas às classes A e B, ultrapassando grandes quantias só na fase de implantação. Isso se dá por estas razões: saturação dos grandes centros próximos (que já não mais têm espaço para determinadas atividades econômicas); da estabilidade econômica e aumento da renda da população local; baixo custo de vida na cidade; incentivos municipais e estaduais. Também pesa a existência, na cidade, de pouquíssima concentração de indigentes e pedintes de rua se comparado aos grandes centros, que também pesa na hora de atrair investidores. Os programas sociais dos governos conseguiram amenizar a situação crônica enfrentada pelas famílias excluídas.
Entretanto a expansão horizontal da cidade acabou por provocar baixa densidade populacional, grandes distâncias, bairros com pouca infraestrutura, além de inúmeros terrenos vagos. Entretanto, há estudos e até legislação municipal (código de postura) que serão postos em prática para urbanizar os vazios da cidade.
Está em fase final o projeto de urbanização da área central da cidade, com a restauração da malha asfáltica das principais avenidas do centro da cidade com recursos do município, a duplicação da avenida Pedro Neiva (Babaçulândia) que liga Imperatriz ao município de João Lisboa pelo governo do estado, investimentos que já estão sendo executados como obras de asfaltamento e instalação de rede de esgotos em alguns bairros mais afastados do centro da cidade por parte do governo federal, verbas oriundas do PAC.
As Secretarias de Infraestrutura e de Planejamento Urbano e Meio Ambiente estão iniciando a execução do código de postura do município em relação ao nivelamento e padronização das calçadas em Imperatriz, que gera muita reclamação por parte de pessoas com deficiência (cadeirantes) e até de pessoas sem deficiência, visto que há muita irregularidade nas calçadas da cidade. A princípio, o projeto inicialmente contemplará apenas o centro da cidade e posteriormente os bairros.
Regularmente é feita na cidade a renovação das pinturas das faixas de pedestres, dos meios-fios nas calçadas, e pequenas obras nos cruzamentos de ruas para o melhor escoamento da água da chuva, evitando alagamentos, que são problemas constantes no município.
O poder político em Imperatriz é representado pelo prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. Para o prefeito criar alguma lei, é preciso a aprovação do Poder Legislativo, sendo este composto pela Câmara dos Vereadores. A gestão do prefeito torna-se mais fácil quando recebe apoio dos vereadores. São símbolos oficiais do município o brasão, a bandeira e o hino.
Imperatriz conta com o segundo maior colégio eleitoral do estado do Maranhão. Seu eleitorado total é de 149.541 mil eleitores. Pertence a Comarca de Imperatriz.
Poderes
- Legislativo
O poder legislativo em Imperatriz é representado pela Câmara de Vereadores, que são responsáveis pela apreciação e aprovação de leis municipais além da realização de audiências públicas. O município é representado por um total de 21 vereadores.
- Executivo
Ver também: Categoria:Prefeitos de Imperatriz (Maranhão)
O Poder Executivo do município de Imperatriz é representado pelo prefeito, vice-prefeito e secretários municipais, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal.
A prefeitura, atualmente (ou seja, durante a administração de Sebastião Madeira), é composta por 15 secretarias, que seguem: Secretaria da Fazenda e Gestão Orçamentária; Secretaria da Mulher; Secretaria de Administração e Modernização; Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Produção; Secretaria de Comunicação; Secretaria de Desenvolvimento Econômico; Secretaria de Desenvolvimento Social; Secretaria de Educação, Esporte e Lazer; Secretaria de Governo e Projetos Estratégicos; Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Serviço Público; Secretaria de Juventude; Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente; Secretaria de Saúde; Secretaria de Trânsito. Existe também uma secretaria especial que cuida dos assuntos ligados a cultura, que é a Fundação Cultural de Imperatriz. As superintendências do município são: Superintendência de Tecnologia da Informação (STI); Superintendência de Turismo (SUTUR) e Superintendência de Desportos e Lazer (SUDEL). A Assessoria Jurídica de Imperatriz (AJIMP); Controladoria Geral do Município (CGM); Procuradoria Geral do Município (PGM); Ouvidoria Geral do Município (OGM); Comissão Permanente de Licitação (CPL); Cerimonial Municipal de imperatriz e Patrimônio Municipal de imperatriz são órgãos ligados à prefeitura que auxiliam na gestão do município.
- Judiciário
Imperatriz conta com vários órgãos do Poder Judiciário Estadual (Tribunal e Justiça do Estado). Imperatriz conta com a Subseção Judiciária de Imperatriz (TRF 1ª Região), Juizado Especial Federal (Adjunto da Subseção Judiciária de Imperatriz), Juizados Especiais Cíveis, Juizados Especiais Criminais, Promotoria de Justiça da Comarca de Imperatriz, Defensoria Pública da Comarca de Imperatriz, Procuradoria da República no Município de Imperatriz (Ministério público federal) e Juízes de Direito (Fórum Ministro Henrique de La Rocque).
Procuradoria geral do município
A Procuradoria Geral do Município é o órgão da estrutura organizacional da Prefeitura incumbido de assessorar a Administração Municipal em assuntos de natureza jurídica e de representar o Município judicial e extrajudicialmente em quaisquer situações de que seja parte.
A visão da Procuradoria visa a regularização dos atos administrativos, atualização da legislação municipal, prática de atos administrativos preventivos do patrimônio público, prestação de assessoria consultiva a todas as secretarias e ao gabinete do prefeito visando evitar que atos administrativos sejam contestados, aumento da arrecadação municipal.
Ouvidoria do município
A Ouvidoria Geral da Prefeitura Municipal de Imperatriz é a instância administrativa responsável por acolher reclamações, elogios, críticas e sugestões dos cidadãos quanto aos serviços e atendimentos prestados, pelo governo municipal, suas secretarias e demais órgão Municipais. Tem como objetivo a integração entre a sociedade e todos os órgãos do município, perseguindo uma melhor qualidade dos serviços públicos, prestados pela prefeitura. Por determinação do atual Prefeito Municipal de Imperatriz, atua também na resolução e mediação de conflitos que envolvem munícipes e servidores.
Trabalho e renda
Como ainda não se sabe a população economicamente ativa (PEA) e o potencial de consumo do Município e sua região, sequer pode-se alegar tecnicamente falta de mercado, descontado o consumidor externo, que passa aqui em razão de turismo de negócios, de eventos ou do ecoturismo. Dum modo geral, a maior parte da mão-de-obra ativa do município é absorvida pelo setor terciário (comércio de mercadorias e prestação de serviços). A construção civil também desempenha papel muito importante na economia local. Segundo o IBGE (Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2007) o município tem 5.468 empresas cadastradas, 37.150 pessoas empregadas, 30.768 pessoas assalariadas, tendo como Salário médio mensal o valor de 1,8 Salários mínimos.
O cenário de crescimento atual faz com que a cidade possa ter condições de oferecer mais empregos, mas tem como desafio crescer de forma planejada sem que esse boom se torne uma catástrofe social e tire um dos principais chamarizes para o investimento: a qualidade de vida. Um exemplo otimista pode-se observar nos supermercados populares distribuídos pelos bairros da cidade. Famílias de baixa renda movimentam o comércio local, reflexo do momento de prosperidade da população local. A construção dos novos shoppings centers na cidade deve gerar grandes quantidades de postos de empregos.
Influência
Imperatriz apresenta-se como entreposto comercial e de serviços, no qual se abastecem mercados locais em um raio de 400 km, e forma com Araguaína-TO, Marabá-PA, Balsas-MA e Açailândia-MA, uma importante província econômica.[5] O município situa-se na área de influência de grandes projetos, como a mineração da Serra dos Carajás (Marabá/Paraupebas), a mineração do igarapé Salobro (Marabá/Paraupebas), a Estrada de Ferro Carajás, a Ferrovia Norte-Sul, as indústrias guzeiras (Açailândia), a indústria de celulose da Suzano Papel e Celulose (Imperatriz),[12] que pela proximidade destes projetos, de algum modo condicionam seu desenvolvimento.[5]