João Pessoa
município brasileiro e a capital do estado brasileiro da Paraíba / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
João Pessoa é um município brasileiro, capital do estado da Paraíba. Com população em 2022 de 833 932 habitantes,[2] a capital paraibana é a sétima cidade mais populosa da Região Nordeste e a 20ª do Brasil, sendo, no seu estado, o município mais populoso. Pertence à Região Geográfica Imediata de João Pessoa e à Região Geográfica Intermediária de João Pessoa.[5] A Região Metropolitana de João Pessoa, formada por mais onze municípios, tinha uma população estimada em 2022 de 1 304 266 pessoas.[6]
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Lema | Intrepida ab origine Intrépida desde a origem | ||
Gentílico | pessoense | ||
Localização | |||
Localização de João Pessoa na Paraíba | |||
Localização de João Pessoa no Brasil | |||
Mapa de João Pessoa | |||
Coordenadas | 7° 07' 08" S 34° 52' 53" O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Paraíba | ||
Região metropolitana | João Pessoa | ||
Municípios limítrofes | Cabedelo (N), Conde (S), Bayeux e Santa Rita (O). | ||
Distância até a capital | 2 230 km[1] | ||
História | |||
Fundação | 5 de agosto de 1585 (438 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Cícero Lucena (PP, 2021 – 2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 210,044 km² | ||
População total (Censo IBGE/2022[2]) | 833 932 hab. | ||
• Posição | PB: 1° | ||
Densidade | 3 970,3 hab./km² | ||
Clima | tropical (As') | ||
Altitude | 40 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,763 — alto | ||
• Posição | PB: 1º | ||
PIB (IBGE/2020[4]) | R$ 20 766 550,52 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2020[4]) | R$ 25 402,17 | ||
Sítio | www.joaopessoa.pb.gov.br (Prefeitura) www.cmjp.pb.gov.br (Câmara) |
Fundada em 5 de agosto de 1585 com o nome de Cidade Real de Nossa Senhora das Neves, João Pessoa é considerada a terceira cidade mais antiga do Brasil, tendo sido fundada pela Cúpula da Fazenda Real, já como cidade e não como vila, povoado ou aldeia.[7] Logo passou a se chamar de Filipeia de Nossa Senhora das Neves em 1588 em homenagem ao rei Filipe II que, na época, acumulava as coroas da Espanha e de Portugal.[8] Posteriormente chamada Frederikstad, foi uma das duas principais cidades da Nova Holanda, junto com Mauritsstadt (a atual Recife), na segunda metade do século XVII. Possui antigo e vasto patrimônio histórico, similar ao de Olinda.[9]
É conhecida como "Porta do Sol", devido ao fato de, no município, estar localizada a Ponta do Seixas, que é o ponto mais oriental das Américas, o que faz a cidade ser conhecida como o lugar "onde o sol nasce primeiro no continente americano".[10] Durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, João Pessoa recebeu o título de "segunda capital mais verde do mundo", ficando atrás apenas de Paris, na França.[11] É ainda a cidade mais verde do Brasil, muito por conta do Jardim Botânico Benjamim Maranhão, localizado na área central da cidade com 515 hectares de mata atlântica preservada, constituindo a maior floresta semiequatorial nativa plana densamente cercada por área urbana do mundo.[12] Foi considerada pela organização International Living como uma das melhores cidades do mundo para se desfrutar a aposentadoria. No ranking feito pela organização, a capital paraibana surge ao lado de Fortaleza como as únicas cidades brasileiras citadas na lista.[13] Dados de 2000 mostram João Pessoa como a capital menos desigual do Nordeste, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, com o coeficiente de gini de 0,630, embora tal índice seja considerado "muito alto" de acordo com a ONU.[14] É, portanto, uma das capitais de melhor qualidade de vida do Nordeste.[15]
A cidade teve o seu centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2007.[16][17] Inscrito nos seguintes Livros do Tombo: Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Seu tombamento foi em circunstância de ser uma das primeiras cidades fundadas no Brasil. Recebeu em 2017 o título de cidade criativa pela Unesco,[18] colocando João Pessoa como "Cidade Brasileira do Artesanato". O reconhecimento de João Pessoa a coloca na rota turística brasileira por sua arte popular. Esse reconhecimento teve grande contribuição e influência, devido ao projeto sereias da Penha;[19] onde mulheres artesãs realizam o trabalho manual, dialogando com o design, moda, economia criativa, destacando a arte com escamas de peixe em fios de cobre.
Sua denominação atual, "João Pessoa", é uma homenagem ao político paraibano João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, assassinado em 1930 na cidade do Recife, quando era presidente do estado e concorria, como candidato a vice-presidente da República, na chapa de Getúlio Vargas. O fato causou grande comoção popular, sendo o estopim da Revolução de 1930, embora se discuta se realmente houve motivação política no ato, que foi executado por João Duarte Dantas, advogado cujo escritório fora invadido por tropas governamentais, tendo sido suas cartas à professora Anayde Beiriz trazidas a público.
A Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou a mudança do nome da capital em 4 de setembro de 1930. Há algum tempo, cidadãos pessoenses discutem a possibilidade de rever a homenagem e substituir o nome de João Pessoa por outro, entre os quais figuram "Paraíba", "Filipeia" e "Cabo Branco",[20] sendo que alguns movimentos até manifestam apoio à ideia de um plebiscito para tal nomenclatura ou uma consulta popular, como faz atualmente o "Coletivo Cultural Anayde Beiriz", projeto em andamento do Movimento Paraíba Capital Parahyba.[20][21]
Entre outros argumentos, alega-se [quem?] que a mudança de nome (assim como a alteração da bandeira estadual em 1930), foi realizada em um momento de comoção e de instabilidade social, quando vários adversários políticos do grupo de João Pessoa foram presos e mortos.[carece de fontes?] Acrescenta-se ainda que não há consenso sobre as virtudes de Pessoa e de gestor público as quais confeririam o mérito ao ex-presidente da Paraíba (na época, denominação para o cargo de governador) para tal homenagem. De outra parte, os defensores da manutenção do nome argumentam que João Pessoa foi político exemplar e que combateu o coronelismo e as oligarquias.