José Osvaldo de Meira Penna
escritor brasileiro (1917-2017) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
José Osvaldo de Meira Penna[nota 1] (Rio de Janeiro, 14 de março de 1917 - Brasília, 29 de julho de 2017) foi um diplomata e escritor brasileiro. Foi um expoente do liberalismo e do conservadorismo no Brasil, além de um dos maiores defensores da criação de cursos universitários e de centros de estudos dedicados à análise das relações internacionais no Brasil. Meira Penna ingressou na carreira diplomática em 1938 vindo a ocupar a posição de secretário-geral adjunto do Ministério das Relações Exteriores para a Europa Oriental e a Ásia, onde testemunhou a Segunda Guerra Mundial e a Revolução Chinesa, e desempenhou a função de embaixador em Israel, Nigéria, Noruega, Equador, EUA, França e Polônia.
Meira Penna | |
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Nome completo | José Osvaldo de Meira Penna |
Nascimento | 14 de março de 1917 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Morte | 29 de julho de 2017 (100 anos) Brasília, Distrito Federal |
Nacionalidade | Brasileiro |
Alma mater | Universidade do Brasil (atual UFRJ) |
Ocupação | Escritor e diplomata |
Magnum opus | Em Berço Esplêndido - Ensaios de psicologia coletiva brasileira. |
Escola/tradição | Liberalismo austríaco Psicologia analítica |
No fim de sua carreira no Itamaraty, Meira Penna associou-se ao liberalismo e tornou-se um defensor ativo do pensamento liberal no Brasil. Estudou a problemática da cultura patrimonialista[1] e sua relação com outros vícios da sociedade brasileira, procurando formular soluções para que fossem superados. Neste intuito, publicou os livros Psicologia do Subdesenvolvimento (1972), Em Berço Esplêndido (1974), O Brasil na Idade da Razão (1980) e O Dinossauro (1988). Em 1986, fundou junto a outros intelectuais liberais a Sociedade Tocqueville, sendo também presidente do Instituto Liberal de Brasília e membro da Sociedade Mont Pèlerin. Escreveu para diversos jornais nos quais além de divulgar o liberalismo e sua análises da sociedade brasileira, discorria sobre o tema da escravidão e dos negros no Brasil. Foi simpatizante do sionismo, atuando em favor do estado de Israel em seu trabalho como diplomata.
Elogiado e reconhecido por nomes como o Nobel de literatura Mario Vargas Llosa[2][3] e o ex-Ministro do Planejamento Roberto Campos,[4] Meira Penna completou seu centenário em 2017, tornando-se um dos últimos representantes dos intelectuais de sua geração. Continuou ativo na promoção de suas ideias mesmo com idade avançada, inclusive participando de discussões na internet. Falecendo debilitado no mesmo ano, Meira Penna foi homenageado como um dos mais importantes intelectuais liberais do Brasil.[5][6]