Língua mundurucu
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A língua munduruku é uma língua indígena brasileira em situação vulnerável,[1] falada por cerca de 13 000 pessoas,[2] segundo o Censo Demográfico do Brasil de 2010. Ela é falada pelo povo Munduruku, habitante das regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, principalmente nos estados do Pará, Amazonas e norte do Mato Grosso. O povo Munduruku vive majoritariamente em regiões de florestas, às margens de rios navegáveis.[3] Estão localizados em áreas como o vale do rio Tapajós e seus afluentes, a bacia do rio Madeira e a terra indígena Apiaká.[4]
Munduruku | ||
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Falado(a) em: | Centro-Oeste e Norte do Brasil Pará, Amazonas e Mato Grosso | |
Total de falantes: | Aproximadamente 13.000 | |
Família: | Tupi Munduruku Munduruku | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | -- | |
ISO 639-2: | --- | |
ISO 639-3: | myu
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A língua pertence ao tronco linguístico tupi e forma, junto com a língua curuaia, a família linguística munduruku.
O linguista Gomes (2006) destaca:
“É evidente o avanço da língua portuguesa entre os índios, que se tornam mais e mais bilíngües a cada dia. Temos notícias de que a situação dos Mundurukú que vivem na área do Rio Madeira e nas periferias das cidades banhadas pelo Tapajós é de perda da língua indígena, mas essa não é a situação majoritária, uma vez que a primeira língua das crianças da maioria da população é o Mundurukú, e o bilingüismo só se instala depois de garantido o uso dela (por volta dos 10 anos de idade), sobretudo em decorrência do aprendizado do Português na escola. Entre si, os índios que vivem nas aldeias do vale do Rio Tapajós só falam Mundurukú, mesmo que na presença de não-índios. Há escolas de ensino fundamental instaladas em quase todas as aldeias, e cursos promovidos pela FUNAI e pelo MEC têm dado formação de ensino médio aos índios, que começam a assumir o próprio direcionamento desse tipo de educação formal."[5]