Madragana Ben Aloandro
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Madragana Ben Aloandro, depois de baptizada conhecida como Mor Afonso (Faro, Algarve, 1230 -?) foi companheira do rei D. Afonso III de Portugal depois de este ter dado por completa a Reconquista do território que forma Portugal tomando a cidade de Faro em 1249.
Madragana Ben Aloandro | |
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Nascimento | 1230 Faro |
Morte | 1270 Portugal |
Cidadania | Portugal |
Progenitores | |
Filho(a)(s) | Martim Afonso Chichorro, Urraca Afonso de Portugal, Margarita de Castro e Souza |
A cidade de Faro fazia parte do Reino Muçulmano do Algarve (Algarbe Alandalus) e era pai de Madragana Aloandro Ben Bakr, que era alcaide (cádi) e governador militar do Castelo de Faro. Por via das relações de Madragana com o rei Afonso III de Portugal, de quem teve cinco filhos resultou uma numerosa família que se tornou antecessora de quase todas as famílias reais e aristocráticas da Europa.
Depois de a paixão do rei desaparecer, Madragana casou-se com Fernão Rei, de quem teve uma filha devidamente documentada e chamada Sancha Fernandes. Pelas relações com o rei Afonso III de Portugal, rei católico e por ter filhos com este foi baptizada, tendo na altura recebido um novo nome, desta feita cristão, passando assim a chamar-se Maior Afonso ou Mor Afonso (sendo que o termo Mor era uma abreviatura de Maior, nome bastante comum entre as mulheres do Portugal medieval). O nome Afonso foi-lhe atribuído e significa "A filha de Afonso", o que segundo alguns historiadores pudera querer dizer que depois de ter filhos reais de D. Afonso III tornou-se ele seu padrinho por baptismo, transformando-a assim numa protegida sua.
Existe alguma controvérsia sobre o facto de ela ser de origem moura, pois existem historiadores que afirmam o contrário, Duarte Nunes de Leão, cronista real do Reino de Portugal durante o século XVI, assegura que Madragana era de origem muçulmana. Este facto no entanto é negado no século XVIII por António Caetano de Sousa, na sua obra História Genealógica da Casa Real Portuguesa. Deve no entanto ser dito que António Caetano estava a ser pago pelo rei D. João V de Portugal para escrever a referida história genealógica da casa real portuguesa pelo que esta informação, por ser pouco conveniente pode ter sido omitida, pondo assim a família Sousa a descender de Mor Afonso, que pertencia à linhagem real e se encontrava ligada às famílias aristocráticas mais importantes da corte.