Medicina antroposófica
forma de medicina alternativa baseada em ocultismo e espiritualismo / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Medicina antroposófica é uma forma de medicina alternativa criada na década de 1920 por Rudolf Steiner e Ita Wegman.[1] A prática baseia-se em noções de ocultismo e na filosofia espiritual de Steiner, a qual denominou antroposofia.[2] Os praticantes recorrem a uma série de técnicas fundamentadas em preceitos antroposóficos, incluindo massagens, exercício, aconselhamento psicológico e substâncias medicinais antroposóficas.[3]
Muitos dos preparados usados na medicina antroposófica são substâncias ultra-diluídas, semelhantes às usadas em homeopatia. Estas soluções homeopáticas não são eficazes. São geralmente consideradas inócuas, exceto quando usadas como substituto para um tratamento eficaz e cientificamente provado.[4] Não existem evidências médicas que apoiem a eficácia dos remédios à base de erva-de-passarinho, aconselhados para o tratamento de cancro.[5][6] Alguns praticantes opõem-se à vacinação de crianças, o que está na origem de surtos de doenças que seriam facilmente evitáveis.[7]
A medicina antroposófica não possui fundamentação na ciência[8] e já foi descrita como pseudociência[9] e charlatanismo.[10] A medicina antroposófica diverge dos princípios fundamentais da biologia em vários aspetos. Por exemplo, alguns praticantes alegam que não é o coração que bombeia sangue, mas sim que o sangue se bombeia a ele próprio.[11][12] A medicina antroposófica também alega que as vidas passadas dos pacientes podem influenciar a sua doença[13] e que o curso de uma doença está sujeito ao destino do carma.[14]