Pecuária no Brasil
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A pecuária no Brasil é parte significativa da economia deste país desde o período colonial. O Brasil tinha um rebanho de 218,23 milhões de cabeças em 2016, criadas em aproximadamente 167 milhões de hectares. A lotação média no país é de 1,25 cab. /ha (unidade de cabeça por hectare).[1][2] Atualmente a produção pecuária de bovinos é partilhada principalmente pelo Centro-Oeste, Sudeste e Sul, cabendo ao Nordeste o predomínio sobre as criações de caprinos e muares. Os ovinos se concentram no Sul e Nordeste (Rio Grande do Sul, Bahia e Ceará são os principais produtores). Os suínos e as aves se concentram no Sudeste e no Sul. No Brasil dia 15 de julho, é comemorado o Dia Nacional do Pecuarista.[3]
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O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango: 3,77 milhões de toneladas em 2019.[4][5] O país é dono do segundo maior rebanho bovino do mundo, 22,2% do rebanho mundial. O país foi o segundo maior produtor de carne bovina em 2019, responsável por 15,4% da produção mundial.[6] Foi também o terceiro maior produtor de leite do mundo em 2018. Este ano [2022] o país produziu 35,1 bilhões de litros.[7] Em 2019, o Brasil era o 4º maior produtor de carne de porco do mundo, com quase 4 milhões de toneladas.[8]
Apesar da sua grande importância para a economia brasileira, a pecuária na forma como tem sido desenvolvida no país tem alto grau de ineficiência,[9] e é uma das atividades que geram os maiores danos ao meio ambiente, especialmente a criação de gado, sendo uma das principais causas de desmatamento e emissão dos gases do efeito estufa produtores do aquecimento global.[10] Atualmente o Brasil é o quarto maior emissor global de gases estufa.[11] Tem sido também causa importante de degradação dos solos, poluição das águas e conflitos violentos no campo.[10] Os vastos prejuízos econômicos e sociais dos danos ambientais decorrentes da pecuária raramente são contabilizados, e por isso a atividade tem se mantido tão rendosa e competitiva,[10][12] mas no longo prazo esses prejuízos podem se acumular a ponto de torná-la inviável.[12] O debate público sobre esses problemas é intenso mas é desvirtuado por um forte discurso negacionista e pseudocientífico produzido por políticos, empresários e representantes do governo, confundindo e desmobilizando a população e dificultando a adoção de legislação e políticas públicas baseadas na sustentabilidade.[13][14][15][16][17]