Ramo horizontal
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O ramo horizontal (horizontal branch, ou HB) é o estágio da evolução estelar após o ramo das gigantes vermelhas em estrelas cujas massas são similares à do Sol. O nome vem do fato de que no diagrama de Hertzsprung-Russell, estrelas nessa etapa evolutiva ocupam uma faixa aproximadamente horizontal, ou seja, de luminosidade constante.
Estrelas do ramo horizontal estão fundindo hélio em seus núcleos pelo processo triplo-alfa, e continuam fundindo hidrogênio em uma camada ao redor do núcleo pelo ciclo CNO. Em estrelas com núcleos degenerados, o começo da fusão de hélio, na ponta do ramo das gigantes vermelhas, é um evento explosivo chamado de flash de hélio e traz grandes mudanças à estrutura da estrela, resultando em uma diminuição na luminosidade, contração do envelope estelar e aumento na temperatura superficial. Como a fusão de hélio começa quando o núcleo de hélio atinge uma massa fixa, as estrelas do ramo horizontal têm todas uma luminosidade semelhante. A massa do envelope de hidrogênio ao redor do núcleo de hélio determina a posição (temperatura) de uma estrela ao longo do ramo.
A morfologia do ramo horizontal é determinada principalmente pela metalicidade das estrelas. Populações estelares com baixas metalicidades, como aglomerados globulares antigos, tendem a ter ramos horizontais extensos se estendendo até o azul, enquanto estrelas ricas em metais como as de aglomerados abertos jovens tendem a se aglomerar na parte mais vermelha do ramo, formando o red clump. No entanto, a morfologia do ramo horizontal é complexa e parece ser influenciada por outros fatores também, o que ficou conhecido como "problema do segundo parâmetro". A extremidade azul do ramo horizontal, conhecida como ramo horizontal extremo, é populada por subanãs quentes que perderam praticamente todo seu envelope de hidrogênio, a maioria formada por interações em sistemas binários.