Vasa (navio)
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O Vasa ou Vasen foi um navio de guerra da Marinha Sueca. Ele afundou durante sua viagem inaugural em 10 de agosto de 1628 depois de viajar apenas 1,3 quilômetros. Ele foi praticamente esquecido depois da maioria dos seus valiosos canhões de bronze terem sido recuperados, porém foi redescoberto no final da década de 1950 no meio de uma área movimentada do porto de Estocolmo. Seu casco quase intacto foi reflutuado em 1961 e abrigado temporariamente em um museu chamado Estaleiro Vasa até 1988, quando foi transferido permanentemente para o Museu Vasa em Estocolmo. O Vasa tem sido amplamente reconhecido desde sua redescoberta como um símbolo do Império Sueco.
Vasa | |
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Suécia | |
Operador | Marinha Sueca |
Fabricante | Estaleiro de Estocolmo |
Homônimo | Vase |
Batimento de quilha | 1626 |
Lançamento | março de 1627 |
Viagem inaugural | 10 de agosto de 1628 |
Estado | Navio-museu |
Destino | Afundou em 10 de agosto de 1628 |
Características gerais | |
Deslocamento | 1 210 t |
Comprimento | 69 m |
Boca | 11,7 m |
Calado | 4,8 m |
Altura | 52,5 m |
Propulsão | 1 275 m2 de velas 3 mastros |
Armamento | 48 canhões de 24 libras 8 canhões de 3 libras 2 canhões de 1 libra 6 obuseiros |
Tripulação | 145 marinheiros 300 soldados |
Foi construído por ordens do rei Gustavo II Adolfo como parte de uma expansão militar iniciada pela Guerra Polaco–Sueca. Foi construído entre 1626 e 1627 em um estaleiro da marinha sob contrato com empreendedores particulares e armado principalmente com canhões de bronze fabricados especificamente para ele. Foi ricamente decorado como um símbolo das ambições suecas e do próprio rei, sendo um dos navios mais poderosos do mundo na época. Entretanto, era perigosamente instável com muito peso localizado na estrutura superior do casco. Mesmo assim foi ordenado que navegasse e naufragou apenas alguns minutos depois de encontrar um vento mais forte que uma brisa.
A ordem para que o Vasa navegasse foi o resultado de uma combinação de vários fatores. Gustavo Adolfo estava liderando um exército na Polônia na época da viagem, tendo ficado impaciente para finalmente ver seu navio assumir a função de capitânia da esquadra de reserva na base de operação de Älvsnabben, no Arquipélago de Estocolmo. Ao mesmo tempo os subordinados do rei em Estocolmo careciam da coragem política de discutir abertamente os conhecidos problemas do navio ou até mesmo adiarem a viagem inaugural. Um inquérito oficial foi realizado pelo Conselho Real da Suécia com o objetivo de encontrar os responsáveis pelo naufrágio, mas ninguém chegou a ser punido.
Milhares de artefatos e os restos mortais de pelo menos quinze pessoas foram encontrados no Vasa e ao seu redor por arqueólogos marinhos quando ele foi recuperado em 1961. Muitos dos itens encontrados eram roupas, armas, canhões, ferramentas, moedas, talheres, comidas, bebidas e seis velas. Os artefatos e o navio em si proporcionaram a acadêmicos conhecimentos valiosíssimos sobre os detalhes da guerra naval, técnicas de construção naval e vida diária da Suécia do início do século XVII. O Vasa é a embarcação do século XVII em melhor estado de conservação. O navio continua a ser monitorado e pesquisado constantemente sobre os melhores modos para continuar sua preservação.