
África do Sul
país na África Austral / De Wikipedia, a enciclopédia livre
África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país localizado no extremo sul da África, entre os oceanos Atlântico e Índico,[7] com 2 798 quilômetros de litoral.[8][9] É limitado pela Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Essuatíni a leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.[10] O país é conhecido por sua biodiversidade e pela grande variedade de culturas, idiomas e crenças religiosas. A Constituição reconhece 11 línguas oficiais.[7] Duas dessas línguas são de origem europeia: o africâner, uma língua que se originou principalmente a partir do neerlandês e que é falado pela maioria dos brancos e mestiços sul-africanos, e o inglês sul-africano, que é a língua mais falada na vida pública oficial e comercial, mas é apenas o quinto idioma mais falado em casa.[7]
República da África do Sul Republic of South Africa (inglês) Republiek van Suid-Afrika (africâner) | |||||
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Lema: !ke e: ǀxarra ǁke (ǀXam) Verskillende mense verenig (Africâner) Português: Diversos povos se unem. | |||||
Hino nacional: Hino nacional da África do Sul | |||||
Gentílico: sul-africano(a) austro-africano(a)[1] | |||||
![]() Localização da África do Sul. | |||||
Capital | Pretória (executiva) Cidade do Cabo (legislativa) Bloemfontein (judiciária) 25°44′42″S 28°11′25″E | ||||
Cidade mais populosa | Joanesburgo | ||||
Língua oficial | |||||
Governo | República parlamentarista unitária de partido dominante | ||||
• Presidente | Cyril Ramaphosa | ||||
• Vice-presidente | David Mabuza | ||||
• Presidente do Conselho Nacional de Províncias | M. J. Mahlangu | ||||
• Presidente da Assembleia Nacional | Max Sisulu | ||||
• Presidente do Tribunal Constitucional | Mogoeng Mogoeng | ||||
Independência | do Reino Unido | ||||
• União Sul-Africana | 31 de Maio de 1910 | ||||
• Estatuto de Westminster | 11 de Dezembro de 1931 | ||||
• República | 31 de Maio de 1961 | ||||
Área | |||||
• Total | 1 221 037 km² (25.º) | ||||
Fronteira | Namíbia, Botsuana, Zimbábue, Moçambique, Essuatíni e Lesoto | ||||
População | |||||
• Estimativa para 2018 | 57 725 600 [2] hab. (25.º) | ||||
• Censo 2011 | 51 770 560 [3] hab. | ||||
• Densidade | 42,4 hab./km² (169.º) | ||||
PIB (base PPC) | Estimativa de 2018 | ||||
• Total | US$ 794,7 bilhões[4] (30.º) | ||||
• Per capita | US$ 13 840[4] (90.º) | ||||
PIB (nominal) | Estimativa de 2014 | ||||
• Total | US$ 370,8 bilhões*[4] (35.º) | ||||
• Per capita | US$ 6 459[4] (88.º) | ||||
IDH (2021) | 0,713 (109.º) – alto[5] | ||||
Gini (2014) | 63,0[6] | ||||
Moeda | Rand (ZAR ) | ||||
Fuso horário | Tempo do Sul da África (UTC+2) | ||||
Cód. ISO | ZA | ||||
Cód. Internet | .za | ||||
Cód. telef. | +27 | ||||
Website governamental | www |
Considerado uma economia de renda média alta pelo Banco Mundial, o país é considerado um mercado emergente. A economia sul-africana é a segunda maior do continente (atrás apenas da Nigéria) e a 25ª maior do mundo (PPC). Multiétnico, o país possui as maiores comunidades de europeus, indianos e mestiços da África. Apesar de 70% da população sul-africana ser composta por negros,[11] este grupo é bastante diversificado e abrange várias etnias que falam línguas bantas, um dos idiomas que têm estatuto oficial.[7] No entanto, cerca de um quarto da população está desempregada[12] e vive com menos de 1,25 dólar por dia.[13]
A África do Sul é uma democracia constitucional, na forma de uma república parlamentar; ao contrário da maioria das repúblicas parlamentares, os cargos de chefe de Estado e chefe de governo são mesclados em um presidente dependente do parlamento. É um dos poucos países africanos que nunca passaram por um golpe de Estado ou entraram em uma guerra civil depois do processo de descolonização, além de ter eleições regulares sendo realizadas por quase um século. A grande maioria dos negros sul-africanos, no entanto, foram completamente emancipados apenas depois de 1994, após o fim do regime do apartheid. Durante o século XX, a maioria negra lutou para recuperar os seus direitos, que foram suprimidos durante décadas pela minoria branca, dominante política e economicamente, uma luta que teve um grande papel na história e recente do país.
O país é um dos membros fundadores da União Africana, da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Nova Parceria para o Desenvolvimento da África (NEPAD), além de ser membro do Tratado da Antártida, do Grupo dos 77, da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, da União Aduaneira da África Austral, da Organização Mundial do Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do G20, do G8+5 e é uma das nações BRICS. Tem ainda a melhor infraestrutura e a segunda maior economia do continente.[14][15]