Alberto Torres
político brasileiro (1865 - 1917) / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Alberto de Seixas Martins Torres (Itaboraí, 26 de novembro de 1865 — Rio de Janeiro, 29 de março de 1917) foi um político, jornalista e bacharel em direito.[1] Foi um pensador social brasileiro preocupado com questões da unidade nacional e da organização social brasileira.
Alberto Torres | |
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Alberto Torres | |
Governador do Rio de Janeiro | |
Período | 31 de dezembro de 1897 até 31 de dezembro de 1900 |
Antecessor(a) | Joaquim Maurício de Abreu |
Sucessor(a) | Quintino Bocaiúva |
Dados pessoais | |
Nascimento | 26 de novembro de 1865 Itaboraí, RJ |
Morte | 29 de março de 1917 (51 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Progenitores | Mãe: Carlota de Seixas Torres Pai: Manuel Martins Torres |
Partido | Partido Republicano Fluminense |
Profissão | advogado e jornalista |
Teve importância substancial para a consolidação do nacionalismo brasileiro, com uma análise aprofundada do problema nacional e um programa pormenorizado de organização nacionalista do Brasil.[2] Foi o inspirador de uma geração de nacionalistas da direita e da esquerda, influenciando decisivamente o pensamento de Plínio Salgado e Nelson Werneck Sodré.[3] Além disso, foi o principal mentor de Oliveira Viana, seu sucessor.
Em sua obra refutava as teses tanto do socialismo como do individualismo como incompatíveis à realidade brasileira e responsáveis por sua desagregação. Cumpria, ao seu entender, conhecer objetivamente a sociedade brasileira para que se pudesse propor mudanças pragmáticas e soluções aos problemas encontrados. Isto só se faria com o entendimento da realidade social enquanto unidade nacional, tendo um Estado forte à sua frente que conduzisse tais mudanças necessárias.
Conservador em termos sociais, Alberto Torres libertava-se dos preconceitos raciais, com uma visão positiva da formação brasileira.[3] Influenciado pelas visões raciais de Torres, Belisário Penna seria responsável por fundar a política nacional de saúde pública rural no Brasil e introduzir os serviços públicos de higiene e profilaxia na maior parte dos estados do interior do país, visando o aperfeiçoamento racial do povo brasileiro, sobre o qual, a partir de Alberto Torres, não pesaria um determinismo de sub-raça.[4]