Alfredo Ellis Jr.
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Alfredo Ellis Júnior (São Carlos, 6 de junho de 1896 – São Paulo, 13 de junho de 1974[1]) foi um historiador, sociólogo, ensaísta e professor universitário brasileiro. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, e do Instituto de Estudos Genealógicos e da Academia Paulista de Letras, onde ocupou a cadeira 18.[2]
Alfredo Ellis Jr. | |
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Alfredo Ellis Junior na década de 1930 | |
Nascimento | 6 de junho de 1896 São Carlos |
Morte | 13 de junho de 1974 São Paulo |
Cidadania | Brasil |
Progenitores | |
Alma mater | |
Ocupação | historiador, professor universitário, escritor, sociólogo |
Empregador(a) | Universidade de São Paulo, Assembleia Legislativa de São Paulo |
Obras destacadas | O café e a paulistânia, Raça de gigantes, Populações paulistas, Capítulos da história social de São Paulo, Meio século de bandeirismo |
Filho de Alfredo Ellis, formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1917, tendo se tornado promotor público. Foi também deputado estadual de 1925 a 1930 e de 1934 a 1937. Já em 1939, tornou-se titular da cátedra de História da Civilização Brasileira da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, da qual foi diretor de 1939 a 1941.
Colaborou com a criação da Liga de Defesa Paulista, fundada em 19 de maio de 1931.[3] Agravando a situação entre a classe agromercantil exportadora paulista e o governo provisório brasileiro, Ellis Junior e mais alguns membros da Liga de Defesa Paulista criam o jornal O Separatista, cujo pregava a independência do estado de São Paulo em 1932, contribuindo como editor. Com o início da Guerra Paulista em 9 de julho de 1932, criaram-se os batalhões da Liga de Defesa Paulista, que passaram a ser organizados pela Força Pública. Ellis Junior, como membro, alistou-se e lutou na frente de Cunha, desertando em agosto após ser ferido na perna.[4] Com o fim da guerra, para evitar o exílio, assumiu o disfarce de turista inglês em passeio pelo interior de São Paulo. Ficou escondido na fazenda de um amigo em Dourados, aproveitou o tempo e escreveu o panfletário Nossa Guerra, publicado em 1933.[5] Na luta como por uma maior autonomia contra o processo de centralização realizado pelo governo Vargas, como alternativa ao independentismo paulista, em 1933, destacou-se como um dos fundadores da Liga Confederacionista, cuja foi inspirada em seu livro Confederação ou Separação, publicado em 1932.[6]
Ellis Júnior publicou um importante número de obras sobre a história de São Paulo, como Raça de gigantes (1926), Populações paulistas (1934), Capítulos da história social de São Paulo (1944), Meio século de bandeirismo (1946) e O Café e a Paulistânia (1950).