Ambientalismo no Rio Grande do Sul
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Ambientalismo no Rio Grande do Sul refere-se ao movimento constituído por cientistas e leigos em defesa do meio ambiente do estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Embora haja alguns registros de protestos contra a destruição ambiental já no século XIX, um movimento mais consistente só tomou corpo em meados do século XX, acompanhando os avanços científicos e constatando que a destruição e ameaças emergentes nesta altura já eram significativas. Desde então o ambientalismo vem se revelando um tema de crescente apelo popular.
Pioneiro do ambientalismo (ou movimento ecológico) brasileiro, o estado tem uma insigne história neste campo, e apresentou muitas vezes propostas inovadoras. Rico em biodiversidade, o Rio Grande do Sul desenvolve uma série de iniciativas para o fomento das pesquisas, do ensino e da divulgação de conceitos ecológicos, tanto nas instâncias públicas como nas privadas; o governo já realizou e realiza grandes investimentos em projetos de várias naturezas, como em saneamento básico, na recuperação de zonas degradadas e na criação áreas protegidas; existem inúmeras associações, cooperativas e ONGs ambientalistas, que promovem o ativismo e apresentam resultados práticos promissores, e o tema é desenvolvido nas escolas e comunidades, em geral com boa receptividade.
No entanto, o estado também enfrenta graves problemas de poluição, desmatamento e desertificação, entre outros, e vem sofrendo os impactos do progressivo aquecimento global, que colocam desafios importantes para o seu desenvolvimento futuro, além de ter uma longa listagem de espécies ameaçadas, muitas delas já consideradas extintas localmente ou em processo de iminente desaparecimento. Além disso, a aplicação das leis muitas vezes é precária, dificultada por carências crônicas de recursos humanos e materiais, e denúncias de abusos são frequentes. As controvérsias sobre o tema também são grandes, gerando impasses, poderosos interesses políticos e econômicos contrários dificultam os avanços, e existem resistências de origem cultural. Em anos recentes a legislação ambiental estadual vem sendo drasticamente fragilizada. Muito ainda precisa ser feito para que a sociedade consiga articular e sedimentar um modelo de vida sustentável em larga escala, preservando o patrimônio natural rio-grandense para as gerações vindouras e revertendo, na medida do possível, os extensos danos que já foram causados.