André Glucksmann
filósofo francês / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
André Glucksmann, (Boulogne-Billancourt, 19 de junho de 1937 — Paris, 10 de novembro de 2015) foi um filósofo e ensaísta francês, um dos principais membros do grupo conhecido como novos filósofos. Militante maoísta na sua juventude, evoluiu progressivamente para um atlantismo moderado. O Papa Bento XVI outorgou-lhe o "Prêmio Auschwitz pelos Direitos Humanos João Paulo II" .[1]
André Glucksmann | |
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Filósofo contemporâneo | |
André Glucksmann | |
Nome completo | André Glucksmann |
Escola/Tradição: | Filosofia ocidental Novos filósofos |
Data de nascimento: | 19 de junho de 1937 |
Local: | Boulogne-Billancourt |
Morte | 10 de novembro de 2015 (78 anos) |
Local: | Paris |
Trabalhos notáveis |
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Filho de judeus ashkenazi austríacos, André Glucksmann estudou em Lyon, na École normale supérieure de Saint-Cloud.
Em 1968, quando era assistente de Raymond Aron na Sorbonne, publicou seu primeiro livro, Le Discours de la Guerre, e participou dos acontecimentos de Maio e do jornal estudantil Action. Em seguida, torna-se militante maoista. Ferrenho defensor da Revolução cultural chinesa frequentemente entra em confronto com os membros do Partido Comunista Francês (inclusive fisicamente), qualificando-os de revisionistas burgueses. Em 1972, classifica a França como uma ditadura fascista em artigo publicado na revista Les Temps modernes[2] e propõe incendiar a Europa, de Lisboa a Moscou.[3]
Seu primeiro livro, Le Discours de la Guerre, foi publicado em 1968. Em 1975, publica La Cuisinière et le Mangeur d'Hommes - réflexions sur l'État, le marxisme et les camps de concentration, no qual afirma que o marxismo conduz inevitavelmente ao totalitarismo, e compara os crimes do nazismo e do stalinismo. No livro seguinte, Les Maîtres penseurs, publicado em 1977, procura mostrar a justificativa intelectual do totalitarismo contida nas ideias de vários filósofos alemães - Fichte, Hegel, Marx, e Nietzsche. Os dois livros têm grande sucesso. André Glucksmann passa então por uma notável transformação política, que o leva a romper com o marxismo e a associar-se à corrente dos chamados novos filósofos. Nos anos 1970, torna-se um grande contestador do regime soviético.
No fim da guerra do Vietnam, após a retirada das tropas americanas e a tomada de Saigon pelas forças do Vietnam do Norte, André Glucksmann, Jean-Paul Sartre e Raymond Aron lançaram, em janeiro de 1979, uma operação de salvação denominada Un bateau pour le Vietnam em favor dos boat-people, os civis que fugiam do Vietnam em barcos improvisados. A foto, feita nas escadarias do Palácio do Eliseu tornou-se célebre.[4][5]
Glucksmann faleceu em Paris em 9 de novembro de 2015, aos 78 anos.[6]