Antão, o Grande
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Santo Antão, também conhecido como Santo Antão do Egito, Santo Antão, o Grande, Santo Antão, o Eremita, Santo Antão, o Anacoreta, ou ainda O Pai de Todos os Monges, foi um santo cristão do Egito, um líder de destaque entre os Padres do Deserto. Ele é venerado em muitas igrejas nas seguintes datas festivas: 30 de Janeiro, no antigo calendário da Igreja Ortodoxa e da Igreja Ortodoxa Copta; 17 de Janeiro, no novo calendário da Igreja Ortodoxa, da Igreja Ortodoxa Búlgara, da Igreja Católica Romana e da Igreja Católica Copta.
Santo Antão | |
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San Antonio Abad, por Francisco de Zurbarán. | |
Padre do Deserto | |
Nascimento | 251 Tebaida, Alto Egito |
Morte | 356 |
Veneração por | Cristandade |
Festa litúrgica | 17 de janeiro |
Atribuições | Cruz tau, porco e sino[1] |
Padroeiro | Ilha de Santo Antão, animais, Caniço (Santa Cruz), deserto |
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Uma vez que o seu nome latino é Antonius, em traduções displicentes de obras onde o seu nome figura, o nome do santo tem sido vertido para a língua portuguesa como António do Deserto, do Egito, o Grande etc., sendo um nome que, de resto, se mantém nas demais línguas europeias. Isso, porém, tem suscitado confusões pela homonímia com o Santo António. Por se tratar de dois santos distintos, para melhor diferenciá-los é preferível optar pelo nome — já consagrado pela tradição vernácula — de Santo Antão.
A vida de Santo Antão foi relatada por Santo Atanásio de Alexandria, na Vida de Antônio (em latim: Vita Antonii; cerca de 360). Segundo Atanásio, Santo Antão teria nascido em 251 na Tebaida, no Alto Egito, e falecido em 356, portanto com 105 anos de idade.
Cristão fervoroso, com cerca de vinte anos tomou o Evangelho à letra e distribuiu todos os seus bens aos pobres, partindo de seguida para viver no deserto. Então, segundo o relato de Atanásio, Santo Antão foi tentado pelo Diabo, tal como sucedera com Jesus, mas por muito mais que os quarenta dias que durou a tentação de Jesus, não hesitando os demónios em atacá-lo. Porém, Antão resistiu às tentações e não se deixou seduzir pelas tentadoras visões que se multiplicavam à sua volta.
O seu nome começou a ganhar fama por ser exímio na arte de pastorar. Isso o levou a ser venerado por numerosos visitantes, sendo visitado no deserto por inúmeros peregrinos.
Em 311, viajou até Alexandria para ajudar os cristãos perseguidos por Maximino Daia, regressando em 355 para impugnar a doutrina ariana. Foi considerado santo em vida, por ser capaz de realizar milagres e levou muitos à conversão.
A vida de Santo Antão e as suas tentações inspiraram numerosos artistas, como Hieronymus Bosch, Pieter Brueghel, Dali, Max Ernst, Matthias Grünewald, Diego Velázquez e Gustave Flaubert, por exemplo.
Os religiosos que, tornando-se monges, se adaptaram o modo de vida solitário de Santo Antão, chamaram-se eremitas ou anacoretas, opondo-se aos cenobitas que escolheram viver em comunidades monásticas.
Em 1095, foi fundada uma ordem à qual foi atribuído o seu nome: os Antonianos (Canonici Regulares Sancti Antonii – CRSA).
Os discípulos do Monge Antão formaram um aglomerado populacional que ainda hoje se chama Antões.