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Armando Tejada Gómez nasceu em Guaymallén, Mendoza (Argentina), em 21 de abril de 1929. Faleceu em 3 de novembro de 1992, em Buenos Aires. Poeta e escritor, destacou-se enquanto redator do Manifesto do Movimento "Nuevo Cancionero".
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Gravou dez discos com seus poemas recitados. Entre suas letras para canções mais famosas, destacam-se:
Dentre os discos com suas obras musicadas, podem-se citar:
Filho de Lucas Tejada um vaqueiro que conduzia gado entre Mendonza, San Juan e o Chile, através da Cordilheira dos Andes, e de Florencia Gómez, de quem recebeu ensinamentos da cultura huarpe[2]. Foi o 22º filho de uma família de 24 irmãos. Seu pai faleceu quando tinha apenas quatro anos de idade.
Com a morte do pai, sua mãe não tinha condição de manter todos os filhos, razão pela qual foi morar com sua tia que o ensinou a ler[2]. Teve pouco acesso à educação formal, pois teve de trabalhar quando ainda era criança como vendedor de jornais e como engraxate. Depois se tornaria operário da construção civil.
Começou a escrever suas primeiras poesias quando tinha apenas 13 anos de idade e concluiu seu primeiro livro de poesia aos 15 anos, que nunca foi publicado e se perdeu[2].
Quando tinha quinze anos de idade, leu Martín Fierro e passou a ler diversas obras.
Em 1950, começou a atuar também como locutor e passou a ter contato com Oscar Matus.
Em 1954, sua obra "Pachamama" foi premiada no Concurso Literário Municipal de Mendonza[3], quando ainda era operário da construção civil[4].
Em 1955, sua obra "Tonadas de la Piel" foi premiada pela Sociedade Mendoncina de Escritores.
Em 1957, ganhou o "Prêmio Los Andes" por um poema publicado em "La Verdadera Muerte del Compadre"[2].
Em 1958, foi eleito deputado provincial pela União Cívica Radical Intransigente (UCRI) para um mandato de dois anos e publicou "Antologia de Juan".
Em 1959, rompeu com a UCRI, visitou a República Popular da China, a União Soviética, a Tchecoeslováquia e a França juntamente com uma deleção de intelectuais argentinos.
Em 1961, sua obra "Los Compadres del Horizonte", dedicada a Benito Marianetti e Angel Bustelo[2], foi premiada pelo "Concurso Latinoamericano de Literatura 'Casa de las América'", em Havana (Cuba);
Em 1963, fundou o Movimento "Nuevo Cancionero", juntamente com Oscar Matus, Mercedes Sosa, Eduardo Arágon e outros, publicou "Ahi va Lucas Romero";
Em 1964, se mudou para Buenos Aires, onde passou a se dedicar integralmente às atividades artísticas, fez apresentações conjuntas com Mercedes Sosa, Oscar Matus e Tito Francia, além de ter lançado seu primeiro disco de poemas: "Sonopemas del Horizonte";
Em 1967, publicou "Tonadas para Usar", lançou o disco "Los Ofícios de Pedro Changa" em conjunto com "Los Trovadores" e fundou a "peña" (taberna cultural) "Folklore 67", onde apresentava: "Resurrección y Canto de la copla", atuando junto com Los Nocheros de Anta, Marián Farías Gómes, César Isella, José Adolfo Gaillardou e Martha Serra. Naquele local, também se apresentaram outros convidados como: Dino Saluzzi, Rodolfo Mederos, Cuarteto Zupay e Tito Segura;
Em 1968, publicou "Profeta en su Tierra", que foi uma antologia de seus primeiros livros;
Em 1969, sua letra "Canción del Centauro", musicada por Ivan Consentino, foi premiada no "Festival Ibero-Americano de la Canción e la Danza"
Em 1971, publicou "Amanhecer Bajo los Puentes", onde relatou sua infância como vendedor de jornais e seus primeiros passos como poeta;
Em 1972, sua letra "Fuego en Animana", musicada por César Isella, foi premiada no Festival de la Patagonia, em Punta Arenas (Chile); sua letra "Elogio del Viento", musicada por Gustavo Leguizamón, venceu o "Grande Prêmio Sadaic" e foi finalista no Festival Agustín Lara no México;
Em 1974, sua obra "Canto Popular de las Comidas", venceu o Prêmio de Poesia "Casa de las Américas" em Havana, viajou para a União Soviética para participar do Festival Pshkin na Geórgia;
Em setembro, viaja para Cuba, juntamente com César Isella e Los Trovadores;
Em 1976, tem início uma Ditadura Militar na Argentina, que proibiu a difusão de várias de suas obras como: "Canción con Todos"[5] e "Fuego en Animaná";
Em 1978, viajou para a Espanha, sua novela "Dios era Olvido" recebeu o "Premio Internacional de Novela" em Bilbao (Espanha);
Em janeiro de 1979, retornou a Buenos Aires, onde adotou o pseudônimo de "Carlos de Mendoza", nesse ano também viajou para o México para participar da gravação do disco "Coral Terrestre", com o grupo Sanampay, dirigido por Naldo Labrín. Na Espanha foi publicada uma biografia de Horacio Guarany, de sua autoria;
Em 1980, sua novela "Dios era Olvido" recebeu um prêmio da Fundação Dupuytren em Buenos Aires;
Em 1981, sua novela "Cuatrocientas sudestadas", que fala sobre quatro séculos de história de Buenos Aires (entre a chegada de Pedro de Mendoza e a queda de Perón)[2], publicada sob o pseudonômio de Marcos Zonda, posteriormente publicada como "El Rio de La Legua", foi finalista do "Premio Plaza e Janés" de Novela Argentina;
Em 1982, participou do Primeiro Fórum e Festival Latinoamericano da Nueva Canción, no México;
Em 1983, viajou para Managua, Nicaragua, para participar do Festival pela Paz, juntamente com Mercedes Sosa, o Quinteto Tiempo e o compositor Naldo Labrín; naquele ano também participou do Festival da Canción Bolivariana na Venezuela, do Festival de Baradero, em Cuba;
Em 1984, participou do Encontro Internacional de Escritores pela Paz, em Sófia (Bulgária) e publicou "Toda la Piel de América";
Em 1985, venceu o "Prêmio Konex", que o reconheceu como um dos cinco mais importantes personagens da História da Música Popular Argentina na categoria "Autor de Folclore"; publicou "História de tu Ausência";
Em 1986, venceu o "Grande Prêmio Sadaic", pelo conjunto de sua obra; publicou: "Bajo Estado de Sangre", com poemas escritos entre 1974 e 1983; foi premiado pela Fundação Argentina para a Poesia;
Em 1991, a Câmara de Deputados de Buenos Aires declarou sua obra como de "interesse educativo"; publicou "Cosas de Ninos" e "El Rio de La Legua";
Em 3 de novembro de 1992, faleceu em Buenos Aires;
Em 1994, foi publicado "Los Telares del Sol" (obra póstuma)[6][7][8].
Em dezembro de 2012, foi lançado o filme: "Compadres", de Ciro Novelli, sobre a vida e obra de Armando Tejada Gómez[9].
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