Asteroides troianos de Júpiter
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Os asteroides troianos de Júpiter (AO 1945: asteróides troianos de Júpiter), habitualmente chamados de troianos ou asteroides troianos,[nota 1] são um grande grupo de objetos que dividem a órbita do planeta Júpiter em torno do Sol. Tais asteroides agrupam-se em dois pontos, os pontos de Lagrange de estabilidade L4 e L5, que localizam-se 60° à frente e atrás do planeta, respectivamente, com um semieixo maior de aproximadamente 5,2 UA.[1]
O primeiro asteroide troiano conhecido, 588 Achilles, foi descoberto em 1906 pelo astrônomo alemão Max Wolf.[2] 6 178 asteroides troianos de Júpiter foram encontrados até janeiro de 2015.[3] Acredita-se que o número total de troianos de Júpiter seja em torno de um milhão, aproximadamente igual ao número de asteroides maiores que 1 km no cinturão de asteroides.[1] Assim como asteroides do cinturão principal, troianos de Júpiter formam famílias.[4]
Troianos de Júpiter são corpos escuros e com espectro avermelhado. Não há evidência de água, matéria orgânica ou outros compostos químicos em suas superfícies. A densidade dos asteroides troianos (medida de maneira semelhante à que é feita para estrelas binárias) varia entre 0,8 e 2,5 g·cm−3.[4] Acredita-se que troianos de Júpiter foram capturados em suas órbitas atuais nos estágios iniciais da formação do Sistema Solar, ou um pouco depois, durante o processo de migração dos gigantes gasosos.[4]