Augusto Pinochet

ditador do Chile de 1973 a 1990 / De Wikipedia, a enciclopédia livre

Augusto José Ramón Pinochet Ugarte (Valparaíso, 25 de novembro de 1915Santiago, 10 de dezembro de 2006) foi um general do exército chileno e ditador do seu país de 1973 a 1990, servindo posteriormente como senador vitalício, cargo que foi criado exclusivamente para ele, por ter sido um ex-governante.[1]

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Augusto Pinochet
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Augusto Pinochet
Retrato oficial de Pinochet, circa 1974
Presidente do Chile
Período 11 de Setembro de 1973
a 11 de Março de 1990
Antecessor(a) Salvador Allende
Sucessor(a) Patricio Aylwin Azócar
Senador Vitalício do Chile
Período 11 de Março de 1998
a 4 de Julho de 2002
Dados pessoais
Nome completo Augusto José Ramón Pinochet Ugarte
Nascimento 25 de novembro de 1915
Valparaíso, Chile
Morte 10 de dezembro de 2006 (91 anos)
Santiago do Chile
Cônjuge María Lucía Hiriart Rodríguez
Filhos 5, incluindo Inés Lucía
Partido nenhum
Religião Igreja Católica
Profissão Militar
Assinatura Assinatura de Augusto Pinochet
Serviço militar
Lealdade Flag_of_Chile.svg Chile
Serviço/ramo Exército Chileno
Anos de serviço 1931–1998
Graduação Capitão-general
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Assumiu o poder total no Chile depois de liderar o golpe militar, apoiado pelos Estados Unidos, em 11 de setembro de 1973, pelo Decreto Lei n.º 806 editado pela junta militar (Conselho do Chile), que foi estabelecida após a deposição do governo democraticamente eleito do presidente Salvador Allende.[2] Seu regime foi marcado por constantes violações de direitos humanos, com mais de 80 000 pessoas sendo presas e outras 30 000 torturadas. Segundo números oficiais, mais de três mil pessoas foram assassinadas pelo governo Pinochet.[3][4][5]

Enquanto presidente, Pinochet buscou modernizar o país. Seu governo implementou uma política de liberalização econômica, incluindo estabilização da moeda e remoção das tarifas para a indústria local. Também colocou os sindicatos na ilegalidade e privatizou a estrutura de seguridade social e várias empresas estatais. Contando com vários empréstimos externos e as reformas implementadas, o PIB chileno se expandiu consideravelmente e a economia se fortaleceu. Apesar dos progressos, a desigualdade de renda continuou como um problema crônico e os anos 1980 foi um período de altos e baixos para a nação. Ainda assim, no começo da década de 1990, a economia chilena era a mais saudável dentre os países latino-americanos.[6]

Um ícone para a direita e um déspota para a esquerda, seu legado permanece controverso no Chile.[7] O Chile instituiu inúmeras reformas econômicas durante seu governo, mas é muito discutido se as reformas foram as responsáveis pelo êxito da economia chilena.[8] A brutalidade da repressão política e a perseguição a dissidentes trouxe condenação internacional ao ditador. Após deixar a presidência, foi alvo de mais de 300 ações criminais que vão desde casos de corrupção até assassinato.[6]