Biênio Vermelho
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O Biênio Vermelho (em italiano biennio rosso) foi um período de dois anos de intenso conflito social na Itália que se seguiu após a Primeira Guerra Mundial.[1] O período revolucionário foi seguido por uma violenta reação dos camisas negras fascistas e pela Marcha sobre Roma liderada por Benito Mussolini em 1922.
O Biênio Vermelho ocorreu em um contexto de crise econômica após o fim da guerra, com grande desemprego e instabilidade política. Foi caracterizado por greves de massa, manifestações de trabalhadores, e também pelas experiências de autogestão através da ocupação de fábricas e coletivização das terras.[1] Em Turin e Milão, conselhos de trabalhadores foram formados e várias fábricas foram ocupadas sob a liderança de anarcossindicalistas. As agitações também se estenderam para as áreas agrícolas da Planície Padana e foram acompanhadas por greves de camponeses, agitações rurais e conflitos de guerrilha entre milícias de extrema-esquerda e extrema-direita.
Fontes afirmam que o sindicato anarcossindicalista Unione Sindacale Italiana "cresceu para 800 000 membros e a influência da União Anarquista Italiana (20 000 membros mais Umanità Nova, seu periódico diário) cresceu na mesma proporção (...) Os anarquistas foram os primeiros a sugerir que se ocupassem os locais de trabalho".[2]
Um estudo sociológico quantitativo do período feito através da análise de periódicos da época[3] demonstra claramente a evolução de atos violentos entre os grupos sociais envolvidos nos acontecimentos desse período.