Bloqueio à Faixa de Gaza
bloqueio terrestre, aéreo e marítimo por Israel e Egito de 2005 ao presente / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
O Bloqueio à Faixa de Gaza refere-se ao isolamento econômico e comercial imposto à Faixa de Gaza pelos governos do Egito e Israel. As restrições são mantidas manu militari por terra, água e ar.
A medida foi tomada depois que o Hamas, partido vencedor das eleições parlamentares na Faixa de Gaza, assumiu o poder naquele território.
O Hamas é listado como uma organização terrorista pelo Canadá, União Europeia, Israel, Japão e Estados Unidos. O grupo também foi banido na Jordânia.[1]:11
A Faixa de Gaza possui fronteiras terrestres com Israel e Egito, além de uma fronteira marítima (Mar Mediterrâneo). Desde junho de 2007, o Egito e Israel mantêm as suas fronteiras com o território fechadas. O bloqueio a Gaza apenas permite que carregamentos de suprimentos humanitários cheguem à região, após um controle minucioso de seu conteúdo.[2]
Israel alega que o bloqueio visa enfraquecer o poderio do Hamas e pôr fim a seus constantes ataques com foguetes contra cidades israelenses e resgatar o soldado Gilad Shalit, sequestrado desde o dia 25 de junho de 2006.[3] As autoridades egípcias sustentam que a abertura da passagem de Rafah representaria em um reconhecimento por parte do Egito do controle de Gaza pelo Hamas, o que minaria a legitimidade da Autoridade Nacional Palestina e selaria a separação entre a faixa de Gaza e a Cisjordânia.[4]
Já os oponentes do bloqueio afirmam que a medida gera desabastecimento e pune apenas a população civil. Diversas entidades de defesa dos direitos humanos qualificam o bloqueio à Faixa de Gaza como “desumano” e “cruel”. A Anistia Internacional chamou o bloqueio de "punição coletiva", que resulta em uma "crise humanitária";[5] funcionários da ONU descreveram a situação como "preocupante". O governo israelense nega tais afirmações e diz que não há carência de itens básicos em Gaza.[2] As Forças Armadas de Israel têm uma lista de itens proibidos que, segundo eles, podem ser usados para fabricar armas e foguetes, tais como canos de metal e fertilizantes químicos. Entretanto, não existe uma lista dos itens que podem ou não entrar em Gaza, e os itens proibidos variam de tempos em tempos.[6]
Segundo o Coordenador de Atividades nos Territórios sob Administração Militar de Israel, no mês de maio de 2010, entraram na Faixa de Gaza mais de 1,5 milhão de litros de óleo diesel e gasolina, além de 76 caminhões carregados com frutas e verduras, 27 caminhões de trigo, 34 carretas com carne, frango e pescado, 45 caminhões carregados de produtos lácteos, 114 caminhões de ração animal, 37 caminhões carregados de produtos de higiene, 50 caminhões de roupas e calçados e 16 caminhões carregados de açúcar.