Células marca-passo
conjunto de células que realizam impulsos rítmicos e controlam o ritmo cardíaco / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Em mamíferos, o nó sinoatrial (SA) é o marca-passo dominante do coração e contém células de condução especializadas capazes de automaticidade inerente: as células marca-passo.[1] Elas são responsáveis por gerar o impulso elétrico que resulta na contração de todos os cardiomiócitos atriais e ventriculares. Sua atividade sincronizada é o que garante um ritmo cardíaco estável.[2] O acoplamento elétrico mediado por junções comunicantes[3] entre miócitos de diferentes áreas do coração auxilia na propagação dos potenciais de ação gerados no nódulo SA para os ventrículos através do nó atrioventricular (AV), feixes de His e rede de fibras de Purkinje.[1]
As células marca-passo são células miocárdicas altamente especializadas, cuja capacidade de despolarizar ritmicamente e iniciar um potencial de ação é responsável pela frequência cardíaca basal.[4] Essas células têm uma frequência de potencial de ação mais rápida do que as outras células marca-passo no SA e nas regiões mais distantes do sistema de condução cardíaca. Essas outras regiões de células marca-passo também são capazes de gerar atividade elétrica espontânea, mas sua frequência de potencial de ação intrínseco diminui gradualmente a partir do nó AV via feixe de His e os ramos do feixe para as fibras de Purkinje. Devido à sua frequência mais rápida, o SA é o responsável por determinar a frequência cardíaca. Essa ordem hierárquica no sistema de condução elétrica do coração é fundamental para o processo do marca-passo cardíaco.[2]
Em certas condições, outra massa de células, definida como foco ectópico ou marca-passo ectópico, pode ter prioridade sobre o nó SA. Um foco ectópico, que pode estar localizado nos átrios ou nos ventrículos, determina a frequência cardíaca quando a frequência de descarga do nó SA cai abaixo de um determinado nível. A frequência intrínseca das células atriais é de cerca de 50 a 60 vezes por minuto e é maior do que a das células ventriculares, que descarregam a uma frequência entre 20 e 40 vezes por minuto.[5]