A Campanha do Rio da Prata em 1736-1737 foi uma expedição naval enviada por D. João V em Março de 1736 ao Rio da Prata, na América do Sul, como resposta à ameaça espanhola às possessões portuguesas na margem septentrional do rio, no actual Uruguai. A missão da esquadra portuguesa era dupla: o objectivo principal era defender a praça da Colónia do Sacramento ― fundada em 1680 ― e ainda tomar, se possível, Montevideu, actual capital do Uruguai, fundada pelos portugueses em 1723.
Factos rápidos Guerra Luso-Espanhola (1735–1737), Beligerantes ...
Campanha do Rio da Prata |
Guerra Luso-Espanhola (1735–1737) |
D. João V |
Data |
Agosto 1736―Agosto 1737 |
Local |
Rio da Prata |
Desfecho |
Forças espanholas navais e terrestres neutralizadas |
Beligerantes |
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Comandantes |
Luís de Abreu Prego
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Don José de Arratia |
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Forças |
7 naus 1 fragata 440 peças |
5 naus 2 fragatas 334 peças |
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Baixas |
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A campanha estava assim ligada a algumas das mais importantes questões de política externa do reinado de D. João V: toda a polémica quanto à Colónia do Sacramento — por sua vez relacionada com a participação portuguesa na Guerra da Sucessão Espanhola (1704-1715) e a subsequente paz com a Espanha do Tratado de Utrecht, e ainda a fundação de Montevideu pelos portugueses em 1723 —; a Troca das Princesas em 1729; e a expansão portuguesa no Brasil na mesma altura. A campanha é particularmente interessante por revelar as diferentes prioridades estratégicas de Portugal e Espanha.
A esquadra no Rio da Prata foi a força naval mais poderosa armada por D. João V desde a Batalha de Matapão, em 1717, e a mais forte que o monarca alguma vez enviou ao ultramar. Em Agosto de 1736, naus desta esquadra travaram três combates contra naus espanholas na zona. Sem obter uma vitória táctica clara, a esquadra cumpriu ainda assim os objectivos estratégicos da campanha. A esquadra permaneceu no Rio da Prata de Agosto de 1736 a Agosto de 1737.