Carcinoma de células renais
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Carcinoma de células renais (CCR) é o cancro do rim com origem no revestimento do túbulo contorcido proximal, parte do sistema de canais muito finos do rim que transportam a urina primária. O CCR é o tipo mais comum de cancro do rim em adultos, sendo o responsável por cerca de 90–95% de todos os casos.[1]
Carcinoma de células renais | |
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Micrografia de tecido renal. À direita: carcinoma de células renais do subtipo de células claras, o subtipo mais comum. À esquerda: tecido normal sem cancro. | |
Especialidade | Oncologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C64 |
CID-9 | 189.0 |
CID-ICD-O | M8312/3 |
CID-11 | 825917541 |
OMIM | 144700 605074 |
DiseasesDB | 11245 |
MedlinePlus | 000516 |
eMedicine | med/2002 |
MeSH | D002292 |
Leia o aviso médico |
A maioria dos casos são assintomáticos ou os sintomas são praticamente imperceptíveis. Como resultado, em muitos casos a doença só é descoberta em estádios avançados.[2] Os sintomas iniciais de CCR mais comuns são sangue na urina (presente em 40% dos casos no momento em que procuram cuidados de saúde), dor no flanco (40%), uma massa no abdómen ou flanco (25%), perda de peso (33%), febre (20%), hipertensão (20%), suores noturnos e sensação geral de mal-estar.[1] Nos casos em que há metástases, geralmente o CCR espalha-se para os gânglios linfáticos, pulmões, fígado, glândulas suprarrenais, cérebro ou ossos.[3]
Cerca de 50% dos casos de CCR são diagnosticados de forma incidental durante a realização de exames para outras condições.[4] O tratamento inicial mais comum é a remoção parcial ou total do rim afetado.[5] A imunoterapia e a terapia dirigida têm melhorado o prognóstico de CCR metastizado.[6][7] Nos casos em que o cancro ainda não se metastizou ou não progrediu para o em profundidade nos tecidos do rim, a taxa de sobrevivência a cinco anos é de 65–90%,[8] embora diminua consideravelmente nos casos metastizados.
O CCR está associado a uma série de síndromes paraneoplásicas, presentes em cerca de 20% das pessoas com CCR. Estas síndromes são condições causadas quer pelas hormonas produzidas pelo tumor, quer pelo ataque do corpo ao tumor e geralmente afetam tecidos que não tenham sido invadidos pelo cancro.[1] As síndromes paraneoplásicas mais comuns em pessoas com CCR são níveis elevados de cálcio no sangue, excesso de glóbulos vermelhos, excesso de plaquetas e amiloidose secundária.[3]