Chão de Ferro
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Chão de Ferro é o terceiro volume das memórias do médico e escritor mineiro Pedro Nava e “mescla recordações do período de internato e recordações das férias mineiras. O bairro de São Cristóvão e o convívio com os tios no Rio de Janeiro são especialmente abordados”.[1]
Chão de Ferro | |||||||
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Autor(es) | Pedro Nava | ||||||
Idioma | Português | ||||||
País | Brasil | ||||||
Gênero | Memórias | ||||||
Série | Memórias | ||||||
Editora | José Olympio | ||||||
Lançamento | 1976 | ||||||
Cronologia | |||||||
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A obra divide-se em 4 capítulos, cujos nomes são todos topônimos: Campo de São Cristóvão (onde ficava o colégio: "Logo no princípio de abril voltei para o nosso Campo de São Cristóvão. Foi uma entrada triunfal. Revi os amigos"),[2] Rua Major Ávila (onde em agosto de 1918 Nava passou a residir na casa dos Ennes de Souza), Avenida Pedro Ivo (nome antigo da atual Avenida Pedro II, em São Cristóvão), Rua da Bahia (em Belo Horizonte).
O livro culmina com uma verdadeira declaração de amor a Minas e aos mineiros. "Fecho os olhos para recuperar cada detalhe desta época. Belo Horizonte me vem em vagas. Elas me atiram pra lá pra cá, a este, àquele, a cada recanto da cidade e da nossa Serra".[3] Na página 292 lemos:[4]
Aquela minha incorporação à natureza da cidade, do bairro, eram parte de uma espécie de noviciado mineiro que, como o sacerdotal, suprimindo a vida fora da Igreja, ia jogando meus cinco anos de Rio e Pedro II para um passado extraordinariamente remoto. Mas não seriam só a luz do sol e da lua, a claridade do dia e a escuridão da noite, as mutações das horas e as transfigurações do crepúsculo que concorriam nesse efeito. Mais. Ainda. Tudo. Cada saída, cada contato ia-me penetrando de Minas.