Ciência de má qualidade

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Ciência de má qualidade,[nota 1] ciência ruim[nota 2] (em inglês: junk science, lit. 'ciência-lixo',[nota 3] 'má ciência',[nota 4]) é um termo usado para descrever pesquisas, análises, dados e teorias científicos considerados falsos ou fraudulentos. Embora não se restrinja a eles, o conceito é frequentemente invocado nos contextos político e jurídico, onde fatos e dados científicos têm um grande peso na tomada de uma decisão. Geralmente transmite a conotação pejorativa de que o dado, pesquisa ou análise em questão foi produzido por motivos políticos, ideológicos, financeiros ou simplesmente não-científicos.

O conceito se popularizou na década de 1990, em relação à prova pericial no processo civil. Mais recentemente, esse conceito tem sido utilizado para criticar investigações sobre as consequências ambientais ou de saúde pública de determinadas atividades empresariais, e em resposta a tais críticas. Dan Agin, por exemplo, em seu livro Junk Science, criticou duramente aqueles que negam a ocorrência do aquecimento global[10] a despeito de toda evidência científica a respeito, enquanto o ex-comentarista da Fox News Steven Milloy tem acusado pesquisas vinculando a indústria de combustíveis fósseis às mudanças climáticas.[11]

Em alguns contextos, o termo junk science é usado em contraposição à dita "ciência sólida".[12] Essa dicotomia tem sido promovida principalmente por Steven Milloy e seu Advancement of Sound Science Center, mas essa acepção é criticada por apresentar pouca diferença em relação às noções de pseudociência, ciência patológica e ciência marginal.