Ciência marginal
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Fringe science, literalmente ciência marginal, é um termo empregado em epistemologia da ciência para denotar uma linha de reflexão que se afasta significativamente das principais teorias do campo de estudo em que deseja situar-se, e que é considerada questionável pelas principais correntes desse campo. Mais especificamente, pode referir-se a uma aplicação questionável de um método científico reconhecido, ou ao emprego de um método cuja validade científica é questionável.
Para cientistas, os atributos da ciência marginal incluem ser altamente especulativa ou basear-se em premissas já refutadas.[1] As teorias da ciência marginal são muitas vezes propostas e defendidas por pessoas que não possuem experiência ou formação acadêmica tradicional, ou por pesquisadores de fora do mainstream da disciplina.[2][3] O público em geral tem dificuldade em distinguir entre a ciência e os seus imitadores,[4] e, em alguns casos, um "desejo de acreditar, ou uma desconfiança generalizada em especialistas, constitui um potente incentivo para aceitar reivindicações pseudo-científicas".[5]
O termo ciência marginal cobre desde novas hipóteses que podem ser testadas através do método científico até hipóteses ad hoc e puramente sem sentido, frequentemente descritas como mumbo jumbo. Disso resulta uma tendência em julgar toda a ciência marginal como o domínio preferencial de pseudocientistas, amadores e adeptos de pós-verdades.[6]
Outros termos que descrevem tipos questionáveis de ciência incluem ciência patológica, ciência vodu, e ciência de culto à carga. O termo ciência lixo, em particular, é usado para criticar pesquisas vistas como deliberadamente duvidosas ou fraudulentas.
Um conceito que já foi aceito pelo mainstream da comunidade científica pode se tornar ciência marginal devido a uma posterior re-avaliação. Por exemplo, a teoria da infecção focal, que considera que infecções das amígdalas ou dentes são a principal causa de doença sistêmica, já foi considerada fato médico.