Clipper (linguagem de programação)
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Clipper (ou CA-Clipper) é um compilador 16 bits da linguagem xBase para o ambiente DOS. Foi criada em 1984 com o propósito de ser um compilador para o Ashton-Tate dBase, um gerenciador de banco de dados muito popular em sua época.
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Trata-se de uma derivação da Clipper Summer, e após ser adquirida pela Computer Associates chegou à versão 5.3B, implementada por uma interface gráfica compatível com o MS-Windows 3.11 e por um subconjunto de suporte para as linguagens C e Assembly, o que tornou possível um protótipo de Orientação a objetos.
Quando a Computer Associates parou de oferecer suporte a essa linguagem, ela era destinada ao desenvolvimento de aplicações para as plataformas MS-DOS e oferecia bibliotecas para suporte de rede.
Por utilizar-se de um padrão de linguagem originalmente desenvolvido pela Ashton Tate e existente desde os sistemas operacionais CP/M, possui uma sintaxe bem distinta das linguagens mais atuais. Em sua época, era considerada uma linguagem intuitiva e elegante, utilizando-se de pequenos verbos e abreviações, símbolos e estruturação.
Seus compiladores geravam executáveis que em 2008 seriam considerados minúsculos, extremamente rápidos e, para a maioria dos usuários, com uma interface pouco amigável. Novamente, em sua época, era uma das mais versáteis e possibilitava a criação de sistemas totalmente integrados com imagens, sons e vídeo, e já se utilizava dos conceitos de hyperlink (via padrão RTF), ajuda de contexto e instanciamento de objetos (ainda que primitivos, via Code Blocks), coisa que, exceto pela linguagem C, só foi alcançada anos mais tarde pela concorrência.
Outra característica importante foi a inclusão da tecnologia Rushmore, hoje pertencente a Microsoft, de indexação para suas tabelas de dados, tornando-a uma das linguagens de melhor desempenho nessa área.
Mas sistemas originais criados com essa linguagem requerem ajustes constantes para se tornarem utilizáveis em sistemas operacionais mais modernos. E como não há mais suporte oficial para ela, grupos de usuários e desenvolvedores resolvem os problemas que vão surgindo com a constante evolução da informática por si mesmos, mediante bibliotecas OpenSource, patches, portings e outras criativas soluções.
Mais algumas características da linguagem:
- Pré-processador de código-fonte;
- Compiladores de alta-performance;
- Depurador interativo;
- IDE gráfica (opcional, requerendo o MS-Windows® instalado);
- Suporte a modos gráficos de vídeo VGA (com os drivers adequados);
- Suporte a mouse (com o driver do fabricante) integrado á bibliotecas de entradas de dados;
- Geração de executáveis que utilizavam os modos protegido ou real de memória (escolhendo-se um dos compiladores específicos para essas características);
- Geração de módulos de Overlay (grosso modo, equivalentes às bibliotecas de vínculo dinâmico), diminuindo o tamanho dos executáveis e seu uso de memória;
- Dois objetos reais para MS-DOS, (TBrowse e Get) para desenvolvimento de telas com massas de dados e de entradas de dados respectivamente;
- Teclas de aceleração (o equivalente às teclas de atalho);
O conjunto do objeto Get disponibilizava ao desenvolvedor itens de interface tais como check- box, listbox, botões de opção, botões de rádio, barras de rolagem, barras de menus e itens de menu, dentre outros. Esses itens eram visíveis em MS-DOS mediante caracteres semi-gráficos da tabela ASCII estendida.
A versão 5.03 sofreu uma atualização radical, tendo sido desenvolvido com o uso da linguagem C da Microsoft e, com isso, tornando possível a utilização de processadores aritméticos, se estivessem presentes no computador. Com isso, aplicações eram executadas com até 30% á mais de desempenho, sem qualquer alteração no código-fonte.