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Cneu Pedânio Fusco Salinador (em latim: Gnaeus Pedanius Fuscus Salinator) foi um senador romano eleito cônsul em 118 com o imperador Adriano.[1] Membro da gente Pedânia, originária de Barcino, na Hispânia Tarraconense, Salinador era filho de Cneu Pedânio Fusco Salinador, cônsul sufecto em 83 ou 84.[2] Conhecido principalmente por ter sido amigo e aliado de Plínio, o Jovem.
Cneu Pedânio Fusco Salinador | |
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Cônsul do Império Romano | |
Consulado | 118 d.C. |
Plínio endereçou três cartas a Salinador (a quem ele chama de Pedânio Fusco) e o menciona em outras três. As primeiras, porém, tratam apenas de assuntos triviais: uma é sobre um conselho a Salinador sobre como estudar e as outras duas são ensaios nos quais Plínio descreve sua rotina diária.[3] As últimas três são mais úteis. Uma é sobre o primeiro discurso de Salinador no Senador, que enfrentou a oposição de outro jovem senador também estreante, Umídio Quadrado.[4] Outra, endereçada a Lúcio Júlio Urso Serviano, congratula Serviano pelo noivado de sua filha com Salinador.[5] Segundo Ronald Syme, ela se chamava Júlia e sua mãe era filha da irmã do imperador Adriano, Domícia Paulina.[2]
Com relação à carreira de Salinador, poucos detalhes são conhecidos. A terceira carta de Plínio mencionando Salinador é uma recomendação de um tal Ninfídio Lupo ao imperador Trajano em 110.[6] Nela, Plínio escreve que "Fusco Salinador" também recomendou Lupo de uma forma que parece implicar que Salinador teria sido governador em algum momento antes de 110. A carta não menciona qual província, mas o consenso entre os especialistas é que teria sido a Mésia Inferior por causa de uma inscrição fragmentária recuperada em Durostoro;[7] segundo Werner Eck, seu mandato durou de 108 a 110.[8]
Depois de seu consulado, Salinador desapareceu da história, o que é considerado surpreendente. Segundo o historiador Ronald Syme, "os Fastos Consulares do começo do reinado de Adriano revelam a presença de vários de seus aliados".[9] Como colega do imperador em seu primeiro consulado na posição, Salinador certamente ocupava uma posição proeminente entre os conselheiros de Adriano e seria de se esperar que seu nome aparecesse em postos de importância, mas, nas palavras de Syme, Salinador é "apenas um nome nos Fastos"[10]. Apesar de esta ausência poder ser atribuída a alguma falta perante o imperador, que, como se sabe, executou quatro importantes senadores consulares — Avídio Nigrino, Cornélio Palma, Pisão Liciniano e Lúsio Quieto — logo no início de seu reinado, Syme afirma que Salinador e sua esposa simplesmente foram vítimas de "um mal ou uma pestilência logo depois de 118".[10]
Sabe-se que Salinador teve um filho com Júlia Serviana Paulina, a filha de Lúcio Júlio Urso Serviano, Lúcio Pedânio Fusco Salinador. Ele e Serviano foram acusados de conspirar contra Adriano e acabaram forçados a cometer o suicídio pouco antes da morte do imperador.[11]
Cônsul do Império Romano | ||
Precedido por: Quinto Aquílio Níger com Marco Rébilo Aproniano |
Adriano II 118 com Cneu Pedânio Fusco Salinador |
Sucedido por: Adriano III com Públio Dasúmio Rústico |
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