Comunicação em primatas
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Muitos animais possuem a capacidade de comunicação, isto é, de transmitir informações que geram respostas em outros indivíduos.[1] Para que a comunicação aconteça, os animais devem emitir sinais sonoros, visuais, táteis, químicos e até mesmo elétricos, como é o caso de alguns peixes elétricos.[2] Já a recepção destes sinais ocorre devido aos sentidos presentes nos animais e as suas capacidades de percepção do ambiente, que dependem de órgãos sensoriais.
Entre os primatas não é diferente, e essa comunicação pode ser feita de diversas formas, como por exemplo, por gestos, expressões faciais e sons. Os gestos são caracterizados como movimentos dos membros e da cabeça, como a mudança de postura e o movimento dos braços.[3] Já as expressões faciais são mudanças em músculos do rosto, sendo a musculatura facial dos primatas uma das mais complexas encontradas na natureza.[4] Por fim, a produção de sons é uma das formas de comunicação mais estudadas em primatas, e é caracterizada pela emissão de sons que geram respostas em outros indivíduos da mesma espécie.
Ainda é muito debatida a presença ou não de um conteúdo simbólico no sistema de comunicação de primatas não humanos, especialmente na comunicação oral. Isso porque, embora as vocalizações desses primatas possam ter algum conteúdo, acredita-se que, em geral, a capacidade desses animais de elaborar e compreender sequências de sons complexas e providas de significados é muito limitada.[5] Em contrapartida, os seres humanos (Homo sapiens) possuem grande habilidade em elaborar e compreender sequências complexas, podendo gerar infinitos significados a partir de sua linguagem oral. Apesar disso, existem evidências de que alguns primatas têm a capacidade de elaborar sequências de vocalizações com potencial para a geração de significado, mesmo que esse potencial seja muito menor do que o da linguagem humana.[6]