Controvérsias envolvendo Jair Bolsonaro
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Entre as principais controvérsias envolvendo Jair Bolsonaro, podem se citar suas posições populistas,[1] por suas críticas à esquerda,[2][3] por classificar a tortura como prática legítima,[4][5][6] por posições contrárias aos direitos LGBT[7][8][9] e por várias outras declarações controversas, as quais lhe renderam cerca de 30 pedidos de cassação e três condenações judiciais.[10][11][12][13] Várias organizações internacionais acreditam que as suas tendências autoritárias[14] criam o risco de que a sociedade civil,[15] a imprensa,[16] os afro-brasileiros,[17][18] os indígenas,[19][20] e os críticos do governo enfrentarem danos irreparáveis.[21] Bolsonaro também tem uma relação hostil com a imprensa[22][23] e foi acusado de proliferar notícias falsas.[24][25][26]
Apesar de seus posicionamentos serem amplamente classificados na extrema-direita do espectro político,[27] Bolsonaro rejeita tal categorização.[28] Inicialmente, Bolsonaro não via a si mesmo como representante do espectro ideológico de direita, chegando a ocupar a tribuna da Câmara dos Deputados, em 12 de março de 1999, para tecer elogios à deputada federal Luiza Erundina, filiada ao PSB e sempre reconhecida como um quadro de esquerda.[29] No período após as eleições de 2002, declarou em discursos na Câmara dos Deputados que votou em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, tendo apoiado no primeiro turno o candidato Ciro Gomes (então filiado ao PPS).[30]
Suas declarações já foram classificadas como discurso de ódio,[31] homofóbicas,[32][33][34] misóginas e sexistas,[33][34][35] racistas[33][34][36] e antirrefugiados.[37] Em agosto de 2018, a revista britânica The Economist definiu o deputado como "radical", "religioso nacionalista", "demagogo de direita", "apologista de ditadores"[38] e como uma "ameaça à democracia".[6]
Bolsonaro defende frequentemente a ditadura militar brasileira.[39] Durante discussão com manifestantes em dezembro de 2008, declarou que "o erro da ditadura foi torturar e não matar."[40] Ele foi criticado pelos meios de comunicação, por políticos e pelo Grupo Tortura Nunca Mais, sobretudo depois de ter afixado na porta de seu escritório um cartaz que dizia aos familiares dos desaparecidos na ditadura militar que "quem procura osso é cachorro".[41][42] Na pandemia de COVID-19, Bolsonaro promoveu a desinformação e fez declarações contrárias às recomendações dos órgãos de saúde, além de realizar diversas atividades públicas.[43][44][45]