Crítica ao cristianismo
críticas das doutrinas e práticas cristãs / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
A crítica ao cristianismo tem uma longa história que remonta à formação inicial da religião durante o Império Romano. Os críticos apontam uma série de falhas nas crenças e ensinamentos cristãos, bem como nas atitudes cristãs, desde as cruzadas ao terrorismo cristão moderno. Os argumentos intelectuais contra o cristianismo incluem as alegações de que é uma fé violenta, corrupta, supersticiosa, politeísta, homofóbica, preconceituosa, fanática, sectária e que transgride os direitos das mulheres.
Nos primeiros anos do cristianismo, o filósofo neoplatônico Porfírio apareceu como um dos maiores críticos a nova religião com o seu livro Contra os Cristãos. Porfírio argumentou que o cristianismo se baseava em falsas profecias que não tinham acontecido. Após o cristianismo ser adotado como a religião de estado do Império Romano, posições religiosas dissidentes foram gradualmente reprimidas tanto pelos governos como pelas autoridades eclesiásticas.[1] Um milénio mais tarde, a reforma protestante levou a um cisma dentro do cristianismo na Europa e levantou novas críticas sobre a fé cristã, tanto interna como externamente. Com a revolução científica e o Iluminismo, o cristianismo começou a ser criticado por grandes pensadores e filósofos, tais como Voltaire, David Hume, Thomas Paine e o Barão d'Holbach.[2] O tema central destas críticas procurou negar a confiabilidade histórica da Bíblia e focou na ideia da corrupção das autoridades religiosas cristãs.[2] Outros pensadores, como Immanuel Kant, lançaram críticas sistemáticas e abrangentes à teologia cristã, tentando refutar argumentos a favor do teísmo.[3]
Nos tempos modernos, o cristianismo tem enfrentado críticas substanciais de uma vasta gama de movimentos e ideologias políticas. No final do século XVIII, a Revolução Francesa testemunhou vários políticos e filósofos criticarem as doutrinas cristãs tradicionais, criando uma onda de secularismo que resultou em centenas de igrejas fechadas e milhares de padres mortos ou expulsos.[4] Após a Revolução Francesa, filósofos proeminentes do liberalismo e do comunismo, como John Stuart Mill e Karl Marx, criticaram a doutrina cristã com base no fato de ser conservadora e antidemocrática. Friedrich Nietzsche escreveu que o cristianismo fomenta uma espécie de moralidade escrava que suprime os desejos que estão contidos na vontade humana.[5] A Revolução Russa, a Revolução Chinesa, e vários outros movimentos revolucionários modernos também levaram à crítica das ideias cristãs. Os movimentos LGBT têm criticado o cristianismo por homofobia e transfobia .
A resposta formal dos cristãos a tais críticas é chamada de apologética cristã. Filósofos como Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino foram alguns dos mais proeminentes defensores da religião cristã desde a sua fundação.