Cristianismo e violência
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Os cristãos tiveram diversas atitudes em relação à violência e à não-violência ao longo do tempo. Tanto atualmente quanto historicamente, houve quatro atitudes em relação à violência e à guerra e quatro práticas resultantes delas dentro do cristianismo: não-resistência, pacifismo cristão, guerra justa e guerra preventiva (guerra santa, por exemplo, as Cruzadas).[1] No Império Romano, a igreja primitiva adotou uma postura não-violenta quando se tratava de guerra porque a imitação da vida sacrificial de Jesus era preferível a ela.[2] O conceito de "guerra justa", a crença de que usos limitados da guerra eram aceitáveis, originou-se nos escritos de pensadores romanos e gregos não cristãos anteriores, como Cícero e Platão.[3][4] Mais tarde, esta teoria foi adotada por pensadores cristãos como Santo Agostinho, que como outros cristãos, emprestou muito do conceito de guerra justa do direito romano e das obras de escritores romanos como Cícero.[5][6][7] Embora o conceito de "Guerra Justa" tenha sido amplamente aceito desde o início, a guerra não era considerada uma atividade virtuosa e era comum expressar preocupação com a salvação daqueles que matavam inimigos em batalha, independentemente da causa pela qual lutavam.[8] Conceitos como "guerra santa", segundo o qual a própria luta pode ser considerada um ato penitencial e espiritualmente meritório, não surgiram antes do século XI.[8][9]