Cronologia oxfordiana das peças de William Shakespeare
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A precisão para a cronologia das peças de Shakespeare (como foram primeiramente escritas ou realizadas) é impossível de determinar, uma vez que não existem registros e muitas das obras foram encenadas muitos anos antes de serem publicadas. As primeiras versões impressas de várias peças de teatro de Shakespeare são edições piratas, mas muitas obras shakespearianas permaneceram inéditas até o aparecimento do First Folio (1623). Essa falta de informação, juntamente com outras discrepâncias relativas ao registro histórico de Shakespeare, é mencionada frequentemente na referência à identidade de Shakespeare, uma questão que a maioria dos estudiosos de Shakespeare rejeitam prontamente. Apesar disto, o interesse no debate da autoria cresceu, particularmente entre estudiosos independentes, profissionais de teatro e alguns acadêmicos. Esta tendência continuou e cresceu no século XXI.
O candidato alterno principal para a autoria de Shakespeare é Edward de Vere, 17º conde de Oxford. Os eruditos e os investigadores que favorecem a candidatura de Oxford são chamados oxfordianos (seguidores da teoria oxfordiana). A proposta básica do argumento dos oxfordianos é a teoria de que muitas peças consideradas como "peças tardias" ou "colaborações" foram realmente revisões dos trabalhos de Oxford anteriormente à encenação, ou revista por outros dramaturgos depois da morte de Oxford, em 1604[1]. Alguns eruditos ortodoxos, incluindo A.R. Cairncross, Peter Alexander e o prof. Karl Elze, assim como todos os investigadores oxfordianos, discordam da cronologia geralmente aceitada dos stratfordianos. Os investigadores oxfordianos Charlton Ogburn e Mark Anderson, entre outros, têm reconstruído a cronologia das peças por diversos meios, incluindo alusões contemporâneas e registros de encenações, inscrições no Stationers' Register, data de publicação segundo a capa do documento, a lista de 1598 sobre algumas peças de Shakespeare, elabora por Francis Meres, impressões viscerais, e estudos da escrita de Oxford ao longo do tempo, além de suas viagens, educação e relações pessoais[2].
Tomando em consideração a teoria dos oxfordianos quanto a autoria de Shakespeare, a seguinte cronologia representa um ponto de vista da minoria da população e dos Stratfordianos[3].