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Cuzistão, Cuzestão ou Huzistão (em persa médio: 𐭧𐭥𐭰𐭮𐭲𐭭; romaniz.: Hūzistān) era uma província do Império Sassânida na Antiguidade Tardia, que quase correspondia à atual província iraniana de Cuzistão. Sua capital era Bendosabora. Durante o final do Império Sassânida, a província foi incluída no quadrante sul (kuste) de Ninruz.
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província do(a) Império Sassânida | ||||
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Capital | Bendosabora |
O nome de Cuzistão (que significa "a terra dos cuzes") remonta ao período elamita, quando era usado para se referir aos habitantes que viviam na região desde o III milênio a.C. até a ascensão do Império Aquemênida em 539 a.C..[1]
A divisão administrativa do Cuzistão é incerta, pois as fontes árabes apontam relatórios variados. Foi dividido pelo menos em sete distritos (rostague ou tasugue), sendo o maior deles Hormisda-Ardaxir, enquanto os outros eram: Rustã Cavade, Xustar, Susã, Bendosabora, Rã-Hormisda e Dauraque.[2][3]
Sob os partos, o Cuzistão era conhecido como Elimaida,[4] um sub-reino parta, que em cerca de 221 foi derrotado e conquistado pelo príncipe persa Artaxer I, que mais tarde derrubaria os partos e estabeleceria o Império Sassânida.[5][6] O Cuzistão é atestado como província na inscrição do Cubo de Zaratustra do segundo xainxá, Sapor I (r. 240–270). Lá é mencionado logo após Pérsis e Pártia, o país dos sassânidas e partas respectivamente, o que demonstra sua importância.[7] O proeminente sacerdote zorastrista Cartir também menciona a província em sua inscrição em Naques-e Rajabe.[8] Em cerca 260, Sapor fundou a cidade de Bendosabora (em persa médio: Weh-Andiōk-Šābuhr), que foi estabelecida em uma vila chamada Pilabade, situada entre Susã e Xustar. A cidade, construída como um local para estabelecer prisioneiros de guerra romanos, posteriormente tornou-se uma residência real de verão e a capital do Cuzistão.[9] O filho e sucessor de Sapor I, Hormisda I (r. 270–271) fundou duas cidades no Cuzistão: Hormisda-Ardaxir e Rã-Hormisda.[10][11] Durante o reinado de Vararanes II (r. 274–293), um sumo sacerdote (mobade) se revoltou no Cuzistão e ocupou brevemente a província.[12]
Sob Cavades I (r. 488–496, 498–531) e seu filho e sucessor Cosroes I (r. 531–579), o império foi dividido em quatro regiões de fronteira (custe em persa médio), com um comandante militar (aspabedes) responsável por cada distrito.[13][14] As regiões fronteiriças eram conhecidas como Coração (leste), Cuararão (oeste), Ninruz (sul) e Azerbaijão (norte).[15][16] O Cuzistão estava junto com Pérsis dentro do distrito sul. Carmânia e Sacastão também foram incluídos algumas vezes.[17][18] O Cuzistão, em 642, foi uma das primeiras províncias a cair durante a conquista muçulmana da Pérsia.[19]
A população estava centrada principalmente em torno de seus sistemas de rios e canais.[4] O norte e o leste eram povoados por uma amálgama de iranianos e elamitas, enquanto a porção ocidental era povoada por populações de língua aramaica. Deportados romanos e indianos também viviam na província.[20][21]
O Cuzistão serviu como um dos locais de destaque dos sassânidas, conhecido por sua abreviação de "HŪZ".[22] A cidade de Rã-Hormisda produziu moedas desde pelo menos o século III.[23] Uma casa da moeda foi estabelecida em Hormisda-Ardaxir durante o reinado de Artaxer II (r. 379–383),[24] e uma casa da moeda foi estabelecida em Bendosabora e Susã durante o reinado de Vararanes IV (r. 388–399).[25]
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