Depressão pós-parto
perturbação do humor associada ao parto / De Wikipedia, a enciclopédia encyclopedia
Depressão pós-parto (DPP) é um tipo de perturbação do humor associada ao parto, podendo afetar ambos os sexos.[1][3] Os sintomas mais comuns são tristeza profunda, fadiga, ansiedade, episódios de choro, irritabilidade e perturbações no sono ou na alimentação.[1] Os sintomas manifestam-se geralmente entre a primeira semana e o primeiro mês a seguir ao parto.[1] A DPP pode também afetar negativamente o recém-nascido.[2]
Depressão pós-parto | |
---|---|
, | |
Sinónimos | Depressão puerperal |
Especialidade | Psiquiatria |
Sintomas | Tristeza profunda, fadiga, ansiedade, perturbações no sono ou na alimentação, episódios de choro, irritabilidade[1] |
Início habitual | De uma semana a um mês após o parto[1] |
Causas | Pouco claras[1] |
Fatores de risco | Antecedentes de depressão pós-parto, perturbação bipolar, antecedentes familiares depressão, stresse psicológico, complicações da gravidez, falta de apoio, perturbação por abuso de substâncias[1] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas[2] |
Condições semelhantes | Tristeza pós-parto[1] |
Tratamento | Psicoterapia, medicação[2] |
Frequência | ~15% dos partos[1] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | F53 |
CID-11 | 169328648 |
DiseasesDB | 10921 |
MedlinePlus | 007215 |
eMedicine | 271662 |
MeSH | D019052 |
Leia o aviso médico |
Embora a causa exata de DPP não seja ainda clara, acredita-se que se deva a uma combinação de fatores físicos e emocionais.[1] Entre estes fatores estão as alterações hormonais e privação de sono.[1] Os fatores de risco incluem episódios anteriores de depressão pós-parto, perturbação bipolar, antecedentes familiares de depressão, stresse psicológico, complicações da gravidez, falta de apoio e perturbação por abuso de substâncias.[1] O diagnóstico tem por base os sintomas.[2] Embora a maior parte das mulheres atravessem um breve período de ansiedade ou tristeza denominado tristeza pós-parto, quando esses sintomas são acentuados e com duração superior a duas semanas deve-se suspeitar de DPP.[1]
Entre as pessoas de risco, fornecer apoio psicossocial pode ajudar a prevenir a DPP.[4] O tratamento da DPP pode incluir psicoterapia ou medicamentos.[2] Entre os tipos de psicoterapia que têm demonstrado ser eficazes estão a terapia interpessoal, terapia cognitivo-comportamental e terapia psicodinâmica.[2] Algumas evidências apoiam a administração de inibidores seletivos de recaptação de serotonina.[2]
A depressão pós-parto afeta cerca de 15% das mulheres por volta do parto.[1][2] Estima-se que afete também entre 1% e 26% dos novos pais.[3] A psicose pós-parto, uma forma mais grave de perturbação de humor pós-parto, afeta 1–2 em cada 1000 mulheres.[5] A psicose pós-parto é uma das principais causas de homicídio de crianças com menos de um ano de idade que, nos Estados Unidos, ocorre em cerca de 8 em cada 100 000 nascimentos.[6]