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Deus Caritas Est (em português: Deus é amor), é a primeira encíclica do Papa Bento XVI e trata fundamentalmente do amor divino para com o ser humano.[1]
A encíclica foi originalmente escrita no período de férias do papa em agosto de 2005 e assinada em 25 de dezembro de 2005, mas sua publicação somente ocorreu em 25 de janeiro de 2006 para que pudesse ser traduzida para diversas línguas.
O nome da encíclica recorda a passagem bíblica «Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele» (1 Jo 4, 16).
O texto do papa é organizado em:
A encíclica trata do amor divino em sua dimensão mais ampla possível tanto espiritual quanto material. O Papa Bento XVI, para ilustrar o amor divino, critica o pensamento de Nietzsche:
Faz também a crítica a Descartes e a Gassendi, o primeiro por desprezar a alma e o segundo por desprezar o corpo:
Fundamentalmente, o Sumo Pontífice afirma que — ao contrário do comumente afirmado — o cristianismo não é um impedimento do "eros", mas na verdade a possibilidade de sua plena afirmação como arrebato, uma loucura divina que prevalece sobre a razão, tal como o significado da palavra em grego. "Eros", como ébrio e indisciplinado, não é elevação em direção ao Divino, mas queda e degradação do homem.
O cristianismo torna possível o "eros" por discipliná-lo de acordo com princípios superiores ao homem, emanados de Deus; o homem é espírito e carne e somente com a harmonia desses é possível o amor autêntico entre homem e mulher, que — de acordo com o monoteísmo cristão — só é possível pelo monogamia entre esposo e esposa.
Bento XVI, lembra que a primeira novidade da fé bíblica consiste na imagem de Deus; "a segunda, essencialmente ligada a ela, encontramo-la na imagem do ser humano." Recorda que a história da criação fala da solidão do primeiro homem e que com a criação da mulher advinda de uma sua costela encontra a ajuda que necessita: "Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne" (Gn 2,23). Verifica que na base desta narrativa é possível entrever concepções semelhantes, por exemplo "no mito referido por Platão, segundo o qual, o ser humano, originariamente, era esférico, porque completo em si mesmo e auto-suficiente. Mas, como punição pela sua soberba, foi dividido ao meio por Zeus, de tal modo que, agora, sempre anseia pela outra sua metade e caminha para ela a fim de reencontrar a sua globalidade." Considera que está presente na narrativa bíblica a ideia de só na comunhão com o outro sexo possa tornar-se completo.
E conclui:
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